Álvaro Costa vê na AMP "agentes a mais e a tomarem demasiadas decisões"

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Álvaro Costa considera que na Área Metropolitana do Porto (AMP) "existem agentes a mais e a tomarem demasiadas decisões".

Na Conferência Renascença/Câmara Municipal do Porto sobre "Mobilidade nas Grandes Cidades", o vice-presidente da Associação Comercial do Porto notou que a mobilidade funciona melhor em Lisboa, por causa das estruturas administrativas e de gestão.

O igualmente CEO da TRENMO aponta, ainda, que, na capital, 45% da população vive junto a eixos ferroviários e esta estrutura está junta à estrutura urbana. No Porto, não é o caso.

"Temos a AMP até Paredes, mas os suburbanos até ao Marco. É uma estrutura mais dispersa", explicou.

"A tutela do Metro é incompreensível. Quando toda a gestão dos autocarros passou para as autarquias, o metro do porto foi centralizado. e os dois têm o mesmo mercado", acrescentou na sua intervenção.

Para Álvaro Costa, há uma ideia de que as políticas de mobilidade têm de ser globais, quando na verdade devem ser locais.

O CEO da TRENMO lamenta que quem tem o poder da decisão "está muito longe da pessoa que o sente".

"Joga com lógicas que não são do funcinamento do território" indica.

Tarifas deviam ser mais caras

O vice-presidente da Associação Comercial do Porto considera que as tarifas dos transportes têm um preço "demasiado baixo".

Para o especialista, baixou-se o custo "sem dar mais capacidade de resposta".

"Dar direito à mobilidade é dar capacidade. É preciso comprar e fazer mais", defende.

Neste momento, para Álvaro Costa, os sistemas "estão congestionados" e Portugal tem "um sistema desiquilibrado".

"Ter um sistema que está igual há dez anos, mas baixou o preço, não funciona", reitera.

"É evidente que a intermobilidade é central, mas mais importante é ter o serviço. Se náo tem o serviço, não é preciso ter intermobilidade", reforçou, também.

O CEO da TRENMO concorda que o território tem de ser organizado, mas tem de ter veículos para dar resposta.

"Cada vez há mais utilizadores e eu, sempre que vejo isso, fico em pânico. São cada vez mais ruturas. Não é preciso mais gente, é preciso mais oferta" assinala, de novo.

Para Álvaro Costa, os sistemas de transportes "têm de ser resilientes e flexíveis" e estas características têm de estar na base de toda a programação".

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