Amargo para duas bocas

6 meses atrás 59

Depois da hecatombe na Luz, o Vizela empatou diante do Estoril em casa, 3-3, num jogo com drama até ao final, em que aos 83´ o Vizela vencia por 2-0. Um início intenso e ofensivo colocou os vizelenses no comando, mas uma reação tardia do Estoril, alinhada com o desaparecimento dos da casa de campo culminou numa reviravolta épica, desfeita no final por Lebedenko, que segurou um ponto no Minho. 

Quina e Essende deram o mote para os vizelenses no primeiro tempo, enquanto Marqués, Zanocelo e Guitane viraram a partida para os da linha. Lebedenko fechou as contas. O resultado acabou por não ser satisfatório para nenhuma das equipas, que queriam subir na tabela e escapar aos lugares do fundo.

De reação cabal

Depois da hecatombe na Luz, o Vizela voltou a casa de forças revigoradas. No novo 3-5-2 de Rúben de la Barrera, a equipa mostrou-se forte desde o apito inicial. Essende, ora na resposta a cruzamentos, ora na profundidade, foi um quebra cabeças para a defesa estorilista. Fosse outra calma do avançado vizelense, e aos dois minutos já poderia ter colocado a sua equipa a vencer, numa das duas chances de que beneficiou em tenra altura.

Essende apontou dois golos @Rogério Ferreira / Kapta+

Quem acompanha-se a partida sem conhecimento da tabela classificativa, dificilmente diria que os minhotos eram lanterna vermelha, dada a avalanche ofensiva apresentada. Tomás Silva, por duas vezes, e Petrov obrigaram Dani Figueira (natural de Vizela), a intervir e a salvar o Estoril de um golo sofrido cedo. A equipa da linha, na primeira oportunidade digna desse nome, esteve também perto do golo, mas Lebedenko tirou o pão da boca a João Marques. 

O domínio vizelense não abalou com a oportunidade forasteira e, logo de seguida, Essende inaugurou o marcador. Mangala e Tiago Araújo facilitaram, Domingos Quina aproveitou e cruzou para a cabeça do avançado francês, que desviou de Dani Figueira de forma exemplar. Vantagem merecida e com tendência a aumentar, dada a superioridade caseira, principalmente no meio-campo, onde Samu, Quina e Bruno Costa iam criando vantagens em relação aos médios canarinhos.

Dez minutos depois do primeiro, o suspeito do costume voltou a faturar. Quina (sempre esclarecido) recebi entrelinhas e serviu Essende para o segundo vizelense. O Estoril estava longe da sua melhor versão, com muita passividade e permeabilidade defensiva. Ainda assim, os estorilistas ameaçaram de bola parada e Zanocelo atirou ao poste. Até ao final do primeiro tempo, o árbitro marcou uma grande penalidade para o Estoril, revertida depois pelo VAR.

... para hecatombe (que poderia ser) ainda maior

O segundo tempo vizelense começou mais retraído, oferecendo a iniciativa ao Estoril, que assumiu o ataque, mas sem muito poder de fogo. Esta foi a história do jogo até ao minuto 83´, com a única ocasião flagrante pelo meio até a ser um cabeceamento de Jota, que quase deu a tranquilidade aos da casa.

Mas bem, daí para a frente, quase não deu para respirar. Marqués, recém entrado, cabeceou para o 2-1, depois de um canto e com ajuda do relvado para trair Buntic, que ficou muito mal na fotografia. O golo galvanizou os estorilistas e, dois minutos depois, empate! Cruzamento da esquerda, Anderson aliviou contra Bruno Costa e a bola traiu novamente Buntic, que volta a não ficar muito bem visto. 

O Vizela tentou reagir, mas animicamente abalado, pelos golos sofridos. O Estoril aproveitou, e pelo génio de Guitane (já habitual) conseguiu a remontada na partida. O francês arrancou de trás do meio-campo, deixou todos para trás e rematou colocado para o fundo das redes vizelenses. A massa adepta dos minhotos prontificou-se a abandonar o estádio, deixando muitas críticas direcionadas ao presidente da SAD, Joaquim Ribeiro. ´

Quando tudo parecia perdido, eis que Lebedenko apareceu dos céus e igualou tudo novamente. O jogo terminou com arrufos entre os bancos de suplentes e com sabor amargo para as duas equipas.

Ler artigo completo