De acordo com o 'site' do projeto, consultado hoje pela Lusa, 11 edifícios irão albergar escritórios, dois espaços vão acolher galerias de arte e museus, e outros dois edifícios serão destinados a restaurantes.
No antigo Matadouro Industrial de Campanhã, agora designado M-ODU, haverá também espaços de 'coworking' e salas de conferência.
Dos cerca de 26 mil metros quadrados, mais de 8.000 serão destinados a negócios, cultura e serviços, e 12.000 a escritórios e restaurantes.
Segundo a brochura do projeto, os edifícios destinados a restaurantes terão capacidade para acolher 167 pessoas e os edifícios de escritórios 2.180.
O muro que separa o espaço da Rua de S. Roque da Lameira será demolido e o complexo, outrora utilizado para a matança de animais, ficará aberto à zona Oriental do Porto, estando prevista a criação de uma praça pública.
Nessa praça, que será ocupada pelas esplanadas do restaurante, ficará sediada a esquadra da PSP.
Na nave central do complexo serão mantidas as estruturas metálicas onde o gado era transportado, em alusão à atividade que ali decorreu durante 70 anos.
A nave, que percorre o complexo de uma ponta a outra, ligará os restantes edifícios que vão albergar espaços empresariais, comerciais e de lazer, bem como os que ficarão sob a gestão da autarquia.
O projeto prevê a construção de uma nova passagem superior entre o antigo matadouro e a estação de metro do Dragão, atravessando a Via de Cintura Interna (VCI).
A par da ponte, outro dos elementos do projeto, assinado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma e pelos arquitetos portugueses OODA, é a cobertura.
Por indicação da Infraestruturas de Portugal (IP), a dimensão da cobertura, constituída em chapa metálica perfurada, teve de ser reduzida.
As máquinas escavadoras da Mota-Engil entraram em maio de 2021 no antigo complexo industrial. À época, os trabalhos concentravam-se na limpeza da zona, demolições dos elementos em elevado estado de degradação, terraplanagens e sondagens às estruturas existentes.
Em setembro de 2022, a primeira fase da obra estava concluída e, em janeiro de 2023, a obra entrou na segunda fase da reabilitação.
As obras deverão estar concluídas no último trimestre de 2024, avançou à Lusa a gestora do projeto de reconversão, Margarida Barbosa, durante uma visita à obra no ano passado.
O investimento de mais de 40 milhões de euros será integralmente assegurado pela Mota-Engil, e no final dos 30 anos da concessão o equipamento regressa à esfera municipal.
Leia Também: Vereadores do PS instam Moedas a opor-se a eventual aumento de voos