O Ministério Público lançou suspeitas de prevaricação sobre o primeiro-ministro demissionário, depois de ter acesso a uma escuta entre João Tiago Silveira e Rui Oliveira Neves, a referirem-se a ‘Costa’ e de uma ‘lei feita à medida’.
António Costa, primeiro-ministro demissionário, é visro como suspeito de prevaricação na Operação Influencer, segundo avança o Jornal Observador. Em causa está a aprovação do regime jurídico de urbanização e edificação no Conselho de Ministros, que remonta a dia 19 de outubro do ano passado.
O ministério Público já tinha colocado escutas nas conversas entre os suspeitos do caso antes desta aprovação, e investiga agora uma escuta que refere o nome “Costa”. As suspeitas do ministério Público indicam que a lei que previa a construção do data center em Sines, que foi negociada entre o ex-ministro João Galamba e João Tiago Silveira e foi elaborada por Rui Oliveira Neves, administrador da Start Campus, serviu para beneficiar esta empresa.
Segundo a ‘CNN’, João Tiago Silveira foi apanhado numa escuta a falar com Rui Oliveira Neves, no da 13 de outubro, a referir que tinha estado “com o Costa quatro horas a ver isto na quarta-feira [dia 11 de outubro] e que o gajo está completamente entusiasmado com isto”. No entendimento do Ministério Público, o ‘isto’ é a ‘lei feita à medida’ para esta empresa, e o ‘Costa’ é o primeiro-ministro.
Com estas novas ‘provas’, começam a criar-se suspeitas de que o primeiro-ministro demissionário esteve presente nas discussões sobre as alterações feitas a esta legislação.
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