O CEO da tecnológica está a ser acusado de ter mentido aos mercados quando fez baixar as perspetivas de receitas da empresa, em face de uma suposta queda da procura na China. As declarações remontam a janeiro de 2019.
A Apple propõe-se a pagar 490 milhões de dólares (equivalente a 450 milhões de euros) para fazer cair um processo ligado a uma alegada queda das vendas na China.
A tecnológica pretende chegar a acordo com a Justiça dos Estados Unidos da América, sendo que a decisão cabe agora a um tribunal de Oakland, no Estado da Califórnia, mais precisamente à juíza Yvonne Gonzalez Rogers, segundo avança a “Reuters”.
Em causa está o anúncio feito de forma totalmente inesperada, pela empresa, a 2 de janeiro de 2019, de que as estimativas de receitas do quarto trimestre haviam tombado para os nove mil milhões de dólares. Na altura, a Apple alegou que a queda dos números estaria ligada às tensões comerciais entre EUA e China. No dia seguinte, as ações caíram 10% e o valor de mercado perdeu 74 mil milhões de dólares.
De referir que o CEO da Apple, Tim Cook, informou os mercados cerca de dois meses antes, no dia 1 de novembro, de que a empresa estava sob pressão ao nível das vendas em mercados como Brasil, Índia, Rússia e Turquia, mas referiu que “não punha a China nessa categoria”.
De qualquer forma, o valor oferecido deverá ter pouco impacto nas contas da empresa. Isto porque esta, no seu último ano fiscal, registou uma receita líquida na ordem de 97 mil milhões de dólares (89,1 mil milhões de euros).
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