Armas nucleares russas "sempre em alerta". Putin acusa Ocidente de arriscar guerra mundial

1 semana atrás 26

Enquanto as forças russas continuam na Ucrânia, mantendo a denominada operação militar especial, Putin acusa as “elites ocidentais” de serem “arrogantes”, de se esquecerem do papel decisivo da União Soviética na derrota da Alemanha nazi e de, agora, alimentarem conflitos em todo o mundo.

“Sabemos aonde leva a exorbitância de tais ambições”

, começou por declarar Putin, esta quinta-feira.

"A Rússia fará tudo para evitar um conflito global. Mas, ao mesmo tempo, não permitiremos que ninguém nos ameace. As nossas forças estratégicas [nucleares] estão sempre em alerta", declarou no discurso proferido na Praça Vermelha, na parada militar anual que assinala os 79 anos após a capitulação do regime da Alemanha nazi, em 1945.Numa clara referência aos Estados Unidos e à NATO, o chefe de Estado da Rússia, que tomou novamente posse esta semana, sublinhou que Moscovo rejeita as pretensões "de qualquer país ou aliança".

"Não permitiremos que ninguém nos ameace", salientou, tendo depois ordenado o cumprimento de um minuto de silêncio pelos mortos da Segunda Guerra Mundial, na qual a antiga União Soviética perdeu mais de 26 milhões de pessoas, civis e soldados, entre 1941 e 1945.

As celebrações do Dia da Vitória têm como pano de fundo a guerra na Ucrânia e acontecem na mesma semana em que tomou posse para o quinto mandato como chefe de Estado. Na terça-feira, quando reforçou os compromissos enquanto presidente no Kremlin, Putin anunciou que vai ordenar "manobras militares nucleares" num "futuro próximo".

"Não há nada de incomum aqui, este é um trabalho planeado", disse ainda Putin sobre os exercícios com arma nucleares.

No discurso desta manhã, acusou "as elites ocidentais" de "revanchismo” e criticou o que considerou "tentativas dos colonialistas” ocidentais que "distorcem" a verdade sobre a Segunda Guerra Mundial desmantelando monumentos aos soldados soviéticos e colocando num pedestal os "traidores e cúmplices" de Hitler.

No entanto, sublinhou que a Rússia nunca menosprezou a importância do papel dos aliados ocidentais na derrota do nazismo e recordou também a luta da China contra o imperialismo japonês nos anos 1930 e 1940.

“Nunca esqueceremos a nossa luta comum e as tradições inspiradoras de aliança”, enfatizou.

Ler artigo completo