A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária lembra que a instalação de radares tem feito com que os condutores abrandem significativamente a sua velocidade, o que permite evitar acidentes e lamentar mortes.
O Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO), gerido pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), tem mais 25 radares de velocidade instalados, 11 de velocidade instantânea e 11 de velocidade média, elevando o total para 123 (100 de velocidade instantânea e 23 de velocidade média).
A entidade gestora do SINCRO referiu que os novos 62 radares (37 em setembro de 2023 e 25 a 6 de julho) “foram selecionados com base em dois critérios fundamentais: a sinistralidade grave e a velocidade, nomeadamente onde o excesso de velocidade se revelou relevante para essa sinistralidade”.
A ANSR referiu que nestes locais, e nos últimos cinco anos, perderam a vida 115 pessoas, uma média de 23 vítimas mortais por ano.
“Relativamente aos 37 radares que entraram em funcionamento em setembro de 2023, há a lamentar três vítimas mortais (uma vítima mortal na A1 entre o km 217,4 e o km 211,9 na Mealhada/Anadia; uma na EN5 ao km 6,0 em Setúbal e uma na EN10 entre o km 110,7 e o km 115,5 em Vila Franca de Xira), um valor substancialmente inferior à média dos últimos cinco anos. Em todos os outros locais registaram-se zero mortos. No total do sistema SINCRO já com 8 anos de funcionamento, verifica-se uma redução significativa da sinistralidade nos locais onde foram implementados os radares: menos 36% de acidentes com vítimas, menos 74% de vítimas mortais, menos 44% de feridos graves e menos 36% de feridos leves”, referiu a entidade gestora do SINCRO.
A ANSR acrescentou que nos locais onde foram instalados os novos radares registou-se, face às medições efetuadas antes da sua instalação, uma “redução média muito expressiva no número de veículos em excesso de velocidade, cerca de 90%, tendo as maiores reduções sido verificadas nos trechos abrangidos pelos radares localizados na EN101 em Guimarães, na EN206 em Fafe, no IC2 em Coimbra, no IP7 (Eixo Norte Sul) em Lisboa e no IC17 (CRIL) em Odivelas”.
A instalação destes novos radares permitiu “aumentar expressivamente” o número de veículos fiscalizados pela rede SINCRO, e nos primeiros cinco meses deste ano, em todo o sistema SINCRO, foram fiscalizados 92.402.878 veículos, “1,8 vezes mais que os 51.461.809 fiscalizados em igual período do ano passado”, sublinhou a entidade gestora do sistema de radares.
“Fruto da política adotada de assegurar total transparência na localização dos radares instalados, a taxa de infração (nº de infrações/n.º de veículos fiscalizados) dos radares SINCRO foi sempre reduzida (quando comparada com outros radares não publicitados), cerca de 0,55%, em 2018, menos de 6 veículos, por cada mil fiscalizados, tendo vindo anualmente a diminuir até atingir, nos primeiros cinco meses de 2024, a taxa de 0,29%, menos de 3 veículos, por cada mil fiscalizados”, acrescentou o ANSR.
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