A Bielorrússia solicitou a extradição de Andrei Gnyot, detido em 2023 em Belgrado, sob acusações de branqueamento de capitais que, segundo os seus apoiantes, têm motivações políticas.
Gnyot revelou hoje, na rede social Instagram, que tinha sido "retirado da Sérvia para a UE" depois de "um ano de luta desesperada, sete meses, seis dias de prisão e cinco meses em prisão domiciliária".
"A minha história é um filme de Hollywood!", frisou.
"Peço-vos que me dê algum tempo para me habituar à liberdade e à segurança que não tenho há tanto tempo"; acrescentou.
O jornalista, diretor de cinema e ativista político não deu pormenores sobre o país para onde se dirigia, dizendo apenas que iria falar com os meios de comunicação social nos próximos dias.
Andrei Gnyot foi detido no final de outubro de 2023 em Belgrado, para onde se deslocou para filmar um vídeo comercial, ao abrigo de um aviso da Interpol, segundo o qual é acusado de fraude fiscal no valor de várias centenas de milhares de euros.
Esse alerta da Interpol já foi cancelado.
Gnyot sempre rejeitou estas acusações, afirmando que se tratava de uma tentativa do Governo bielorrusso para o silenciar.
O jornalista iniciou a criação de uma associação que apoiou as manifestações contra a reeleição de Alexander Lukashenko como Presidente da Bielorrússia em 2020.
Nos últimos meses, foram tomadas duas decisões de extradição pela justiça sérvia, ambas anuladas após recurso.
O jornalista que fugiu da Bielorrússia em 2021 temia pela sua vida caso regressasse ao país.
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