União Europeia condena lançamento de míssil intercontinental por Pyongyang

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"Estão em perigo a paz e a segurança regionais e internacionais, assim como o acordo global de não proliferação [de armamento nuclear]", disse o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, em comunicado.

O chefe da diplomacia europeia acrescentou que estas ações de Pyongyang são "desestabilizadoras e ilegais".

A Coreia do Norte voltou a fazer experiências com mísseis balísticos intercontinentais, decisão que, para o alto representante, é uma maneira de "continuar a tentar lançar armamento de destruição maciça".

De acordo com a informação disponível, recolhida pelo Japão e pela Coreia do Sul, o míssil terá percorrido cerca de 1.000 quilómetros, alcançado uma altura de 7.000 quilómetros e caiu já em águas japonesas.

Josep Borrell voltou a acusar Pyongyang de uma "violação gritante de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas", como já tinha feito aquando das informações sobre soldados norte-coreanos estarem a caminho do território russo para ajudar Moscovo na invasão à Ucrânia.

As informações recolhidas ainda são contraditórias. Por um lado, há evidências, recolhidas pela Aliança Atlântica, Seul e Washington de que os militares podem ajudar a Rússia a reconquistar o região de Kursk, ocupada desde o princípio de agosto pela Ucrânia (é a primeira invasão ao território russo desde a Segunda Guerra Mundial). Por outro, há informações das mesmas fontes que apontam para o destacamento destes soldados no território ucraniano, para continuar a ofensiva que a Rússia lançou há mais de dois anos e meio.

Josep Borrell exigiu a Pyongyang que cumpra com as obrigações internacionais e coloque de lado "todo o armamento nuclear, outras armas de destruição maciça, programas de mísseis balísticos e nucleares existentes".

A Coreia do Norte "não pode e nunca terá a condição de um país que possui armamento nuclear", sustentou.

Nos últimos anos, Pyongyang intensificou o seu programa nuclear e faz recorrentemente demonstrações do seu progresso, que depois são transmitidas pela televisão estatal.

A União Europeia e os Estados Unidos da América são os principais elementos da comunidade internacional a condenar as ações do país, que tem ignorado quaisquer advertências. Pyongyang também tem apoiado a Rússia desde o início da invasão à Ucrânia com componentes para armamento, ajudando Moscovo a contornar as sanções impostas.

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