Israel divulga testemunho de membro da UNRWA sobre como Hamas atacou agência

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As Forças de Defesa de Israel (IDF) publicaram um vídeo no qual um alegado funcionário da UNRWA aparece com o rosto pixelizado. O homem afirma que antes da guerra trabalhava como segurança da agência no campo de refugiados de Jabalia, localizado no norte da Faixa de Gaza, uma das zonas mais afetadas pelas hostilidades desencadeadas em outubro de 2023.

De acordo com este testemunho, os milicianos do Hamas entraram nas instalações da UNRWA e levaram tudo o que encontraram "à frente dos olhos de todos", noticiou a agência Europa Press.

Além dos mantimentos básicos para a população, os membros do Hamas levaram veículos da agência da ONU porque continham ajuda e "material destinado ao povo".

Questionado sobre a razão pela qual o Hamas roubou veículos da UNRWA quando já tinha os seus próprios SUV, o antigo guarda de segurança da UNRWA reconheceu que os militantes os utilizam para se deslocarem com mais segurança dentro do enclave palestiniano.

Nas últimas semanas, as IDF intensificaram a sua ofensiva em Jabalia, uma zona que alegam ter "uma elevada concentração de terroristas do Hamas e de terroristas de outras organizações na Faixa de Gaza".

No âmbito destas operações, as forças israelitas detiveram "centenas de terroristas", de cujos interrogatórios "surgiram informações de inteligência que contribuem para o esforço de manobra, localização de alvos terroristas e manutenção da segurança das forças".

Relativamente ao depoimento do alegado segurança da UNRWA, as IDF indicaram nas suas redes sociais que os ataques das autoridades políticas do país à agência das Nações Unidas estão em linha com o que está exposto nestas declarações e como "o Hamas está integrado no UNRWA".

O Parlamento israelita aprovou recentemente um projeto de lei que proíbe todas as atividades da UNRWA tanto em Israel como nos territórios palestinianos, revogando um texto de 1967 que serviu de base às suas atividades.

Israel defendeu durante anos que a UNRWA é uma agência inoperante e, desde o início da guerra em Gaza, cúmplice das milícias palestinianas do Hamas nos seus ataques ao país.

Em março, as autoridades israelitas acusaram "um número significativo" de trabalhadores da UNRWA de "serem membros de organizações terroristas", levando 16 países a suspender ou congelar o financiamento, privando subitamente a organização de 450 milhões de dólares e pondo em causa a continuidade do financiamento.

A antiga ministra dos Negócios Estrangeiros francesa Catherine Colonna levou a cabo um inquérito independente.

As conclusões levaram ao afastamento de nove pessoas alegadamente envolvidas no atentado de 07 de outubro de 2023, que envolveu um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, que matou mais de 1.200 pessoas, sobretudo civis, e outras cerca de 250 foram levadas como reféns.

Israel retaliou com uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 42 mil mortos, também maioritariamente civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo grupo palestiniano.

A guerra alastrou-se ao Líbano, onde, após quase um ano de trocas de tiros ao longo da fronteira israelo-libanesa, Israel lançou desde setembro um forte ataque contra o Hezbollah.

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