Ativista russo condenado a 15 anos de prisão por protestos antiguerra

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Um ativista russo foi condenado, esta sexta-feira, a 15 anos de prisão por protestos contra a guerra na Ucrânia. Segundo a agência de notícias Reuters, Angel Nikolayev foi considerado como um "opositor da mobilização" pelo tribunal militar da cidade de Khabarovsk, no leste da Rússia.

Nikolayev foi acusado de vários crimes, entre os quais incendiar um estabelecimento militar e profanar sepulturas de soldados russos mortos na Ucrânia.

De acordo com a acusação, em duas ocasiões distintas, o ativista pintou com spray "símbolos visualmente semelhantes aos símbolos nazis" em bandeiras russas colocadas sobre os túmulos de soldados mortos na Ucrânia, segundo o tribunal.

Foi ainda acusado de ter cortado o símbolo 'Z' de um cartaz publicitário numa paragem de autocarro, que é considerado um ato de vandalismo. Já em outubro do ano passado, incendiou um centro de recrutamento militar em Khabarovsk com "duas garrafas incendiárias com uma mistura inflamável", sendo acusado de um crime de terrorismo.

O Ministério Público russo tinha pedido uma pena de prisão de 18 anos e o ativista declarou-se culpado das acusações, mas não manifestou qualquer arrependimento.

Sublinhe-se que, de acordo com o grupo de direitos humanos russo OVD-Info, mais de 20 mil pessoas foram detidas no país por expressarem opiniões contra a guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

A guerra foi desencadeada pela invasão a da Ucrânia ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, entre outros objetivos.

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