Aventura fiscal da Direita deixa "pés descobertos à maioria dos jovens"

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"Quando a direita apresenta uma aventura fiscal, o que está a fazer é a puxar o cobertor para os de cima, deixando os pés descobertos à maioria dos jovens em Portugal. Que nenhum jovem se deixe enganar", avisou Pedro Nuno Santos num discurso no comício no Centro Artes Espetáculo, em Portalegre.

Num discurso que se focou maioritariamente na juventude, e em que também foi abordado o setor da cultura, o líder socialista defendeu que o "projeto liberal" do PSD, "o radicalismo da sua proposta orçamental", é "irresponsável" e significa "descurar o apoio à maioria esmagadora dos jovens em Portugal".

"Na realidade, o choque fiscal que a direita, que o PSD e o resto da direita nos propõem, é um cheque fiscal aos que menos precisam, ao mesmo tempo que retira os recursos necessários para a maioria esmagadora da população", reforçou.

Em contraponto, Pedro Nuno Santos defendeu que o PS quer investir na juventude portuguesa, elencando várias propostas do partido, como a proposta de redução progressiva das propinas "até à sua extinção".

Por outro lado, o líder socialista sublinhou também que o PS quer também alagar o apoio ao alojamento estudantil, reforçar a ação social escolar para apoiar estudantes carenciados e alargar o IRS Jovem a todos os jovens, e não apenas os que detêm um diploma universitário.

O secretário-geral do PS também apresentou áreas para a juventude na área da habitação, designadamente retirar o teto para as rendas no programa Porta 65, ou ainda dar uma garantia pública do Estado na compra de casa até aos 40 anos.

Queremos "apoiar a nossa juventude, os nossos jovens com a certeza de que eles só poderão ficar a viver a trabalhar e criar família em Portugal se nós tivermos uma economia vibrante, sofisticada", afirmou.

Salientando que sabe que os jovens ambicionam independência e emancipação, Pedro Nuno Santos ressalvou, contudo, que se o país não for capaz de transformar a sua economia, também não vai conseguir dar esperança aos jovens portugueses.

"Nós podemos adotar todas as medidas, todas as medidas que nós próprios fomos tomando e que agora são prometidas em matéria fiscal, mas ou nós temos capacidade de ter uma economia mais sofisticada, mais complexa, mais diversificada, capaz de pagar melhores salários, ou não há cá IRS Jovem que nos salve e que garanta que os jovens fiquem cá", afirmou, reforçando que o país precisa de um "choque de produtividade e salarial" e não de um "choque fiscal".

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