Banco CTT foi o mais reclamado no crédito da casa e BNI lidera reclamações nas contas

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O Banco CTT lidera novamente enquanto a entidade mais reclamada no crédito à habitação, enquanto o BNI, o ActivoBank e o Abanca destacam-se com o maior número de queixas nas contas de depósitos à ordem.

O BNI e o ActivoBank foram os bancos com o maior número de reclamações nas contas de depósito, em 2023. Já o Banco CTT liderou as queixas no crédito à habitação no conjunto do ano passado.

O BNI recebeu 1,95 reclamações por cada 1.000 contas de depósitos à ordem, no ano passado, segundo os dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal referente a 2023 que foi divulgado esta quarta-feira. Na lista dos mais reclamados nos depósitos seguem-se o ActivoBank e o Abanca, com 0,78 e 0,75 queixas, respetivamente.

No crédito à habitação, o Banco CTT está novamente em destaque enquanto a entidade mais reclamada, com 13,21 reclamações por cada 1.000 contratos de crédito hipotecário no ano passado. Já o BNI e o Abanca registaram 11,49 e 5,76 reclamações, respetivamente.

Quanto aos créditos aos consumidores, a CA Auto Bank – detido a 100% pelo Crédit Agricole Consumer Finance – registou 3,59 reclamações por 1.000 contratos de crédito aos consumidores, seguindo-se o Abanca Servicios Financieros, com 2,25 reclamações, e o Santander Consumer Finance, com 1,84 queixas.

“O número de reclamações de clientes bancários que deram entrada no Banco de Portugal aumentou de forma significativa em 2023, face a 2022”, indica ainda o regulador, que recebeu, no ano passado, 26.976 reclamações, o que compara com 21.778 reclamações em 2022, representando um crescimento de 23,9%.

O reembolso antecipado parcial ou total nos contratos de crédito à habitação para aquisição ou construção de habitação própria permanente com taxa de juro variável é um dos motivos para o aumento do número de reclamações.

O Executivo decidiu suspender a comissão de amortização antecipada até ao final deste ano. O Banco de Portugal explica que “esta medida, aprovada pelo Governo em resposta ao aumento acelerado das taxas de juro, fez com que muitos mutuários optassem por reembolsar, de forma total ou parcial, os créditos. Esta situação deu origem, por vezes, a atrasos no processamento dos pedidos apresentados pelos clientes, motivando a apresentação de reclamações”.

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