Banco do Japão mantém política monetária inalterada

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O banco central japonês decidiu, por unanimidade, no final da reunião mensal de dois dias sobre política monetária, manter a taxa de juro das obrigações de curto prazo em -0,1% e continuar as compras ilimitadas de obrigações para orientar os rendimentos a 10 anos para 0%.

"Dadas as enormes incertezas que rodeiam a economia e os mercados japoneses e estrangeiros, continuaremos com a política de flexibilização monetária, respondendo com agilidade a qualquer mudança na situação financeira", informou o BoJ no relatório final da reunião de dois dias.

O banco central reconheceu que o aumento dos salários é um dos fatores críticos para uma eventual mudança de política, assim como o impacto económico do sismo de magnitude 7,6 que matou pelo menos 202 pessoas na península de Noto, no norte do Japão.

A maioria dos analistas acreditava que o regulador japonês não iria alterar a política monetária, apesar do governador do BoJ, Kazuo Ueda, ter no mês passado feito comentários que sugeriam uma mudança num futuro próximo.

No início de dezembro, Ueda disse que o banco central tem já várias opções em mente para subir as taxas de juro a valores positivos, declarações que fizeram com que a moeda japonesa subisse para 141 ienes por dólar, uma tendência que ainda se mantém.

Alguns especialistas acreditam que o BoJ poderá pôr fim à sua política de taxas negativas ainda em 2024 e eliminar outras medidas impostas para tentar baixar a inflação, que há 21 meses se fixa acima da meta de 2% definida pelo banco central.

Para 2025, o BoJ prevê um aumento dos preços de 1,8% e uma subida de 1% para o PIB.

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