Foi uma das novelas do mês de janeiro, mas a cortina fechou sem um acordo entre Boavista e Sevilla por Róbert Bozeník, para o desagrado do avançado que, entusiasmado com a possível transferência, chegou a viajar para a Andaluzia sem a autorização do seu clube. Cinco milhões de euros, acrescidos por um milhão em objetivos. Foi assim - sabe o zerozero - a terceira e última proposta formal que o Sevilla fez ao Boavista neste mercado de transferências. Um valor relevante, pois juntaria Bozeník a Alberth Elis e Petar Musa no top-3 de vendas mais caras da história axadrezada. A proposta não foi aceite, para a surpresa de quem conhece os problemas financeiros do Boavista, mas é mesmo por aí que passa a questão. Entre a espada das dívidas e a parede da competitividade desportiva, o atual 12º classificado da Primeira Liga optou por ficar com o jogador, pois não poderia avançar para a segunda metade da época com Jeriel De Santis e Martim Tavares como principais opções para a posição nove. Para fazer face às despesas necessárias ao funcionamento de um clube da dimensão do Boavista, o clube conseguiu finalizar, pelo menos, uma outra venda relevante. Tiago Morais, jovem que se apresentou num grande nível durante a primeira metade da temporada, foi vendido aos franceses do Lille por quatro milhões de euros. Bozeník, de 24 anos, vai regressar ao Bessa para a segunda metade da temporada, mas resta saber de que forma ficará afetada a relação entre clube e jogador. O ponta de lança, recorde-se, regista um envolvimento em golo a cada dois jogos em 2023/24: nove golos e duas assistências em 22 partidas oficiais.