No lançamento do decisivo duelo do SC Braga na Áustria, frente ao Rapid Wien, Carlos Carvalhal demonstrou confiança na passagem dos Gverreiros do Minho à fase regular da Liga Europa, embora a vantagem para esta segunda mão seja mínima.
Fazer golos é a receita: «Lá ainda vai ser mais difícil. Temos a vantagem que a forte pressão do Servette nos colocou nos primeiros 15-20 minutos. A resposta da equipa foi excelente, foi fantástica. Temos um dado adicional importante, que foi fazer dois comebacks, conseguimos reverter dois resultados, no último jogo por exemplo. Isso é saúde mental e espírito competitivo da equipa e é isso que temos de ser: humildes, trabalhadores, uma verdadeira equipa. Saber defender bem quando não temos a bola, mas com bola, termos capacidade para fazer golos. Vamos apostar em fazer golos também. Resumindo: vai ser um jogo muito complicado e difícil. A nossa intenção é ir à Ásutria e vencer o jogo.»
Braga uns furos acima?: «No jogo da primeira mão, se houvesse justiça no resultado, a eliminatória estaria quase resolvida. O jogo da primeira mão teve uma história. A história ditou que o adversário, em função de uma má entrada, ficou a jogar com dez jogadores. Ditou também que conseguissem fazer um golo num erro nosso. Obviamente e sempre o dissemos: não é um processo fácil, um processo de transição, de corrigir erros, com poucos treinos aquisitivos. Mas a equipa tem evoluído, de jogo para jogo. Depois ditou que a nossa equipa fez um ataque massivo traduzido em vários golos que não conseguimos fazer.
Se conseguirmos fazer um jogo com a competência da primeira mão, temos uma enorme possibilidade de seguir em frente. Temos de o fazer estando ao nosso melhor nível, ser uma equipa com personalidade e não nos deixarmos condicionar pelo envolvimento. Não só dos adeptos de um estádio que sabemos que pressiona, como também dentro do campo. Saber lidar com isso. O SC Braga sabe lidar muito bem com essas situações e ter personalidade para jogar. Temos jogo para conseguir fazer golos e é nisso que estamos apostados. Sem golos vai ser difícil»
Liga Europa ou Liga Conferência?: «O que eu quero pensar é que queremos andar na Liga Europa e jogar contra grandes equipas. Acredito que vamos conseguir estar na Liga Europa. Eu ando no futebol para viver o que vamos viver em Viena, claro que o dinheiro é importante, mas é para isso que trabalho, para viver esses ambientes. Passarmos a eliminatória vai permitir que joguemos em ambientes de outro nível, é só nisso que queremos pensar.»
Pressão do «julgamento» de Viena: «A pressão é sempre a mesma. Tínhamos uma pressão tremenda no jogo da Suíça, esse era um jogo de carga emocional importante para a época, nós queremos jogar na divisão de cima. Hoje em dia, os treinadores estão sempre no tribunal, vai ser mais um julgamento o que vamos ter em Viena. Nós temos vencido os jogos mas cometemos erros, apesar de estarmos sempre a evoluir. Esta é uma das melhores equipas que treinei em termos de atitude e compromisso.»
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