Central solar no distrito de Viseu vai alimentar centros de dados da Equinix, já a pensar em projetos de expansão

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A Equinix, empresa norte-americana que opera centros de dados, incluindo um em Lisboa, assinou um contrato de aquisição de energia (PPA, ou power purchase agreement) com a empresa de energias renováveis Sonnedix, para ser abastecida com a energia de uma central solar de larga escala que será construída no município de Tarouca, distrito de Viseu, com uma potência de 149 megawatts (MW).

Trata-se do maior projeto solar fotovoltaico da Sonnedix na Europa e do primeiro investimento solar desta empresa em Portugal. A central deverá ficar operacional em julho de 2025, segundo um comunicado da Equinix divulgado esta terça-feira.

Com o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica nos seus centros de dados até 2030, a Equinix tem estado à procura de projetos renováveis em vários países para alimentar os seus consumos com energia verde.

O centro de dados de Lisboa, com cerca de 1500 metros quadrados e mais de 70 clientes, já trabalha com eletricidade 100% renovável, devendo o novo PPA com a Sonnedix, relativo à central solar de Tarouca, contribuir para o abastecimento da Equinix em função dos seus planos de expansão em Portugal.

Em junho deste ano a infraestrutura da Equinix em Lisboa sofreu um incidente, que provocou falhas momentâneas nos serviços de telecomunicações das operadoras Vodafone, Meo e NOS.

Já este ano, em fevereiro, a Equinix havia firmado seis PPA em Espanha para uma capacidade de 346 MW e em novembro estabeleceu outro contrato na Suécia para 15 MW.

Os centros de dados são um consumidor intensivo de eletricidade e as exigências de muitas empresas de terem uma cadeia de fornecedores (incluindo as empresas de centros de dados) vinculada a consumos energéticos sustentáveis deverá alimentar nos próximos anos uma procura crescente por projetos de energia renovável.

Foi também essa uma das razões que levaram a Start Campus a escolher Sines para a instalação de um centro de dados, cuja construção já arrancou, num investimento global de 3,5 mil milhões de euros, e cujo projeto prevê que parte do fornecimento de energia venha de um conjunto de centrais solares em Sines e Santiago do Cacém.

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