“Champions”. Real Madrid e Borussia Dortmund discutem o título

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À luz da história, a tarefa da equipa alemã afigura-se colossal, uma vez que os espanhóis, treinados pelo italiano Carlo Ancelotti, saíram vitoriosos das últimas oito finais que disputaram, todas já na “era Champions”, quatro das quais com o avançado Cristiano Ronaldo como figura de proa.

Com 14 títulos (1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1966, 1998, 2000, 2002, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2022), os “merengues” ostentam o dobro do segundo clube com mais troféus, os italianos do AC Milan, e, ainda mais impressionante, conquistaram-nos em 17 finais, tendo perdido apenas as de 1962, 1964, 1981.

O Dortmund, orientado por Edin Terzic, apresenta um palmarés bastante mais modesto, com apenas um título, em 1997, numa equipa que tinha como “patrão” do meio campo o português Paulo Sousa, e uma final perdida, para o pior adversário possível, o rival Bayern Munique, precisamente, no palco da final deste ano.

Vantagem dos “merengues”

O jogo de sábado será o 16.º entre os dois emblemas, todos na mais importante competição europeia de clubes, com o Real Madrid a levar vantagem, com seis vitórias, cinco empates e três derrotas, apesar de estarem em igualdade em duelos nas “meias” (o Real Madrid impôs-se em 1998 e o Borussia em 2013).

Se o colosso espanhol vencer a prova fá-lo-á da forma mais difícil, uma vez que eliminou nas meias-finais o Bayern Munique (2-2 na Alemanha e 2-1 em casa), depois de ter afastado os detentores do troféu, os ingleses do Manchester City, no desempate por grandes penalidades, após empates 3-3, num dos melhores jogos da época, e 1-1.

Antes, o Real Madrid tinha passado com um percurso 100% vitorioso no Grupo C, que integrava o Sporting de Braga (derrotado por 2-1 e 3-0), Nápoles e Union Berlim, a primeira das quatro formações germânicas que encontrou esta temporada, pois nos oitavos de final deixou pelo caminho o Leipzig (1-0 e 1-1).

A caminhada do Borussia Dortmund fez-se perante nomes menos sonantes, o último dos quais o Paris Saint-Germain, nas meias-finais, com duplo 1-0, depois de ter defrontado os franceses no Grupo F, que venceu, à frente também do AC Milan e do Newcastle.

Os alemães já sabem o que é bater um adversário espanhol este ano, uma vez que se impuseram ao Atlético de Madrid nos ‘quartos’ (1-2 e 4-2), depois de terem afastado o PSV Eindhoven nos ‘oitavos’ (1-1 e 2-0).

Trunfos dos dois lados

Tal como no Real Madrid, em que se destaca o trio atacante, composto por Vinícius Júnior, Rodrygo e Jude Bellingham (apesar de ser Joselu o melhor marcador da equipa na prova, com cinco golos), o Dortmund apresenta um setor ofensivo temível, constituído por Julian Brandt, Jadon Sancho, Adeyemi e Niclas Füllkrug.

Reflexo da supremacia da equipa da capital espanhola, dois dos jogadores de referência na última década podem fazer história em Londres: Dani Carvajal e o croata Luka Modric podem conquistar a sexta taça, igualando o recorde de Paco Gento, outra lenda dos “merengues”.

A nível interno, enquanto o Real Madrid arrebatou o 36.º título espanhol, deixando o rival FC Barcelona a 10 pontos de distância, o Dortmund foi apenas quinto classificado na Liga alemã, conquistada de forma histórica pelo Bayer Leverkusen, que se sagrou campeão pela primeira vez, terminando o reinado de 11 anos do Bayern Munique.

A final da Liga dos Campeões da época 2023/24, entre Real Madrid e Borussia Dortmund, disputa-se no sábado, a partir das 20h00, no Estádio de Wembley, em Londres, e será arbitrada pelo eslovaco Slavko Vincic.

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