O presidente do Chega, André Ventura, adiantou esta sexta-feira que o partido vai apresentar na Assembleia da República um projeto para alargar o subsídio da Polícia Judiciária às restantes forças de segurança. Sobre o projeto apresentado pelo Governo ao setor, considera que é "muito pouco ambicioso".
Ventura acusa o Governo de não cumprir o que prometeu. Como? Lembra que, na campanha eleitoral, vários partidos, incluindo a AD, prometeram resolver a discriminação entre as várias polícias. No entanto, a seu ver, o projeto apresentado na quinta-feira às forças de segurança não resolve essa discriminação, antes pelo contrário. "Aumenta essa diferenciação entre setores, cargos e denominações dentro das próprias polícias".
"Se já havia divisão entre polícias, o projeto vai criar ainda mais divisão e ressentimento. É um projeto muito pouco ambicioso", afirma, acrescentando que "mais vale não fazer do que fazer mal".
O projeto parece, segundo o líder do Chega, que fala em "desalento", deixar de fora uma "série de outras entidades a quem era justo atribuir esse sentimento". É o caso de guardas prisionais, ASAE e forças armadas portuguesas.
A ministra da Administração Interna propôs aos sindicatos que representam as forças de segurança um suplemento de missão que vai substituir o atual suplemento por serviço e risco.
O valor é calculado a partir do salário base do Comandante Geral da GNR e do Diretor Nacional da PSP.
Os guardas e agentes vão ter um subsídio de 7% face a esse salário base, o que representa 365 euros por mês. Os sargentos e chefes terão 9%, quase 470 euros. E os oficiais da GNR e PSP terão 12%, ou seja, 626 euros mensais.
Os sindicatos dizem que os valores são muito inferiores ao esperado e vão apresentar uma contraproposta.
Chega vai apresentar projeto de equiparação
Em declarações aos jornalistas, avança que o Chega vai entregar na Assembleia da República um projeto de equiparação total para alargar o subsídio atribuído à Polícia Judiciária às restantes forças de segurança, incluindo as forças armadas.
O projeto terá sido feito em conjunto com entidades representativas dos polícias, acrescenta.
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