China cria “Neucyber”, a sua versão de um chip cerebral Neuralink

1 semana atrás 37

A China terá desenvolvido um chip de interface cérebro-computador chamado Neucyber que permite a um macaco controlar um braço robótico apenas com os seus pensamentos.

Neucyber, o chip chinês para implantar no cérebro

A China desenvolveu a sua própria versão de um chip cerebral do tipo Neuralink e utilizou-o para demonstrar que um macaco pode manobrar um braço robótico utilizando apenas os seus pensamentos, informa a Reuters na quinta-feira, citando a fonte de notícias Xinhua, apoiada pela China.

O macaco com o implante de interface cérebro-computador (BCI) Neucyber foi fisicamente contido e conseguiu fazer com que um braço robótico segurasse um morango, de acordo com o relatório.

O chip Neucyber da China foi desenvolvido pela Beijing Xinzhida Neurotechnology e anunciado no Fórum Zhongguancun em Pequim na quinta-feira, que continuará até segunda-feira da próxima semana.

O BCI envolve a captação de mudanças subtis nos sinais elétricos do cérebro, a descodificação das intenções cerebrais e a obtenção do controlo de 'ações' pelo 'pensamento', permitindo o controlo de máquinas sem contacto físico.

Explicou o professor da Universidade de Tsinghua, Luo Minmin, que trabalha no Instituto de Investigação do Cérebro da universidade, num relatório da versão inglesa do Global Times, um meio de comunicação estatal chinês.

O chip Neucyber é composto por microelectrodos flexíveis, dois "dispositivos de aquisição de sinais neurais" e um "algoritmo de descodificação neural generativo", refere a agência.

Ao contrário da Neuralink, que iniciou ensaios em seres humanos e cujo primeiro paciente humano é capaz de jogar jogos como Civilization VI e Mario Kart, a China ainda não começou a testar o seu implante Neucyber em seres humanos, refere a Reuters.

https://t.co/OMIeGGjYtG

— Neuralink (@neuralink) March 20, 2024

Em fevereiro, o Global Times noticiou que a Universidade de Tsinghua implantou um chip BCI diferente, o Neural Electronic Opportunity (NEO), num paciente tetraplégico. Desde então, o NEO permitiu que o paciente bebesse água usando uma luva especializada na sua mão, afirma o jornal.

A China também abriu um novo laboratório dedicado à investigação da interação cérebro-máquina no ano passado, e o governo do país confirmou este ano que o desenvolvimento da tecnologia de interface cerebral continua a ser uma prioridade.

Ler artigo completo