Cinco crimes de ódio foram denunciados por semana em 2022

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Os números dos últimos cinco anos revelam uma tendência de crescimento nas investigações aos crimes de ódio em Portugal. Representa mais do dobro dos casos que foram abertos pelo Ministério Público no ano anterior.

Número de investigações por crimes de ódio disparam em Portugal, incluindo discriminação racial e religiosa. Os últimos números são de 2022 e mostram que foram abertos cinco inquéritos por semana.

Durante a semana da Jornada Mundial da Juventude, um grupo de pessoas invadiu uma missa organizada para a comunidade LGBTQIA+. São ultra conservadores e entendem que o homem foi feito para a mulher e vice-versa. Condenaram ao inferno todas as outras pessoas que não são heterossexuais.

O caso está a ser investigado pelo Ministério Público e irá engrossar as estatísticas do ano de 2023 – que se preveem maiores que as de 2022, altura em que foram abertas 255 investigações por crimes de ódio. Entre estes, está a discriminação racial, étnica, física, religiosa, mental ou a orientação sexual e a identidade de género.

Os números de casos abertos em 2022 representam mais do dobro dos que foram abertos pelo Ministério Público no ano anterior. Representam uma média de cinco casos por semana, por tentativa ou consumação. Acrescem 13 condenações, muitas delas, segundo o Expresso, pertencem ao grupo neonazi Hammerskin.

A tendência de subida já se nota desde 2019, quando foram instaurados 73 inquéritos. Em 2020 o número subiu para 136, em 2021 para 139 e em 2022 para 255. O crime de ódio pode levar até 5 anos de pena de prisão.

O crescimento de investigações e condenações é também justificado pela inclusão dos crimes de discriminação racial e religiosa neste grupo.

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