Cinco projetos portugueses entre os finalistas dos prémios de inovação da ONU

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Ethiack, Literary Highways (Clube de Autores), Mosaico, Digitall e Deepneurotic estão na ‘shortlist’ dos World Summit Awards. Vencedores serão conhecidos num congresso na Patagónia, no Chile, em abril.

Cinco projetos de Portugal foram selecionados para a shortlist dos World Summit Awards (WSA), os prémios de inovação da Organização das Nações Unidas. Dos oito candidatos nacionais neste concurso internacional, Ethiack, Literary Highways (Clube de Autores), Mosaico, Digitall e Deepneurotic são candidatos a vencedores.

“Os projetos serão agora avaliados pelo Grande Júri, que se reunirá em fevereiro na Índia para selecionar os 40 vencedores finais”, explicou esta segunda-feira a APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, que, há mais de uma década, escolhe quem representa o país nas oito categorias.

A Ethiack – uma plataforma digital de cibersegurança B2B, que combina hacking humano e de máquinas – destacou-se na categoria “Business & Commerce” (“Negócio & Comércio”), enquanto a “Clube dos Autores” – que utiliza Inteligência Artificial (IA) para melhorar o acesso à publicação/leitura de obras literárias e publicou de mais de 90 mil livros em Portugal e no Brasil – sobressaiu em “Culture & Heritage” (“Cultura e Património”).

A Mosaico, uma ferramenta criada pela AMA – Agência para a Modernização Administrativa para ajudar as equipas informáticas da Administração Pública e outros funcionários públicos, distinguiu-se na categoria “Government & Citizen Engagement” (“Governo e Engagement com o Cidadão”) por ter um modelo comum de desenho e desenvolvimento de serviços públicos digitais.

Em “Learning & Education” (“Aprendizagem e Educação”) foi o programa Digitall da Vodafone que se notabilizou. Em causa está uma iniciativa complementar para professores e alunos do 1º e 2º ciclos para desenvolver a literacia e competências digitais através de recursos pedagógicos mais inovadores e dinâmicos.

Quanto à categoria de “Urbanization & Smart Settlements” (“Urbanização e Soluções Inteligentes”) foi a startup Deepneurotic, que recorre à IA e visão computacional para criar cidades mais seguras, que conquistou os jurados. A empresa fundada em 2021, por estudantes da Universidade da Beira Interior, criou um sistema de videovigilância que deteta ocorrências consideradas perigosas e a fez receber uma menção honrosa da APDC no ano passado.

Os galardões serão entregues entre os dias 14 e 17 de abril, no congresso global dos WSA, que se realiza na Patagónia, no Chile. Para a diretora executiva da APDC, “cada um dos projetos representa a inovação e o impacto que as soluções locais inovadoras podem ter na sociedade, alinhando-se com os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas”.

“Aguardamos agora com expetativa os resultados da votação do grande júri. Na APDC, estamos comprometidos em destacar, reconhecer e promover a excelência digital”, disse ainda Sandra Fazenda Almeida, expert nacional do WSA, em comunicado divulgado aos meios de comunicação social.

Os WSA envolvem mais de 180 países. Criados em 2003 no âmbito da Cimeira Mundial das Nações Unidas sobre a Sociedade da Informação, contribuem para a Agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

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