Com OE aprovado, Miranda Sarmento e Pedro Reis puxam pelo “avião” da economia, que está “na pista de descolagem”

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Não venho falar de Orçamento”. Dois dias depois de o líder do PS, Pedro Nuno Santos, anunciar a viabilização do diploma do Governo, o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, pede para “acelerar” a economia, as reformas estruturais, porque afinal, diz, o Orçamento do Estado (OE2025) é apenas um “instrumento” para as políticas da AD.

Chegados ao Congresso do PSD em Braga, Miranda Sarmento e o Governo respiram de alívio, evitam hostilizar Pedro Nuno Santos e o ministro das Finanças prefere falar da “capacidade de transformação” da economia que a AD “tem demonstrado”. “E passaram apenas seis meses”, conclui Miranda Sarmento.

Sarmento não fala do OE, mas fala das políticas que lá estão dentro. Da Habitação, do programa de emergência da Saúde, com o ministro das Finanças a pedir “um grande aplauso” para a ministra Ana Paula Martins, que considera que tem feito um trabalho “notável”, apesar de todas as polémicas em torno das urgências e das reivindicações dos profissionais deste setor.

Mas, o “ponto central” do programa da AD, segundo Miranda Sarmento é o crescimento económico, a transformação e as reformas estruturais da economia portuguesa. O ministro das Finanças admite que o Governo só está dar os primeiros passos nesta área e que em Julho o Governo avançou com a primeira fase do programa.

O ministro não diz, mas a redução do IRC é a chave mestra do Governo para impulsionar empresários e dar à ignição do motor económico. “Para sem uma asfixia fiscal ter mais recursos para os serviços públicos, para as prestações sociais e para o investimento público”, resume Sarmento.

Sarmento não fala da redução do IRC, mas diz que a economia portuguesa precisa de “tornar-se mais produtiva e mais competitiva no sistema fiscal, na atração de capital humano, nos custos de contexto”. O OE, contudo, é o “instrumento” dessas políticas e é lá que está a redução de impostos “às famílias e às empresas”.

Pedro Reis e “a busca” pela “estabilidade” na economia

De uma assentada e quase de seguida, a Miranda Sarmento juntou-se Pedro Reis, o ministro da Economia, que, neste congresso do PSD, em Braga, avisou contra mais uma ida às urnas.

Se a economia pede “estabilidade”, o ministro que tutela a área conclui apenas uma coisa: “Não podemos dar de volta instabilidade no momento em que as empresas nos pedem horizonte para investir, não podemos dar de volta calendários para se votar”.

“Acelerar” o motor económico e não “dar de volta” aos empresários “o regresso ao passado”. É este o mote de Pedro Reis, porque, se as empresas pedem “confiança, o país, nomeadamente o país político, não lhes pode dar hesitações”.

O avião da economia portuguesa “está na pista de descolagem”, nota Pedro Reis e “há no céu algumas nuvens nos mercados tradicionais”, há também “aviões com maior porte” , mas o espaço é “claro para crescer”, conclui o ministro da Economia. É por isso, diz, que “é tão importante a aprovação do OE”, no momento “mais crítico” da “descolagem” da economia portuguesa.

Encerrado que esteja o tempo do orçamento” e “com o orçamento aprovado”, diz Pedro Reis, com as negociações em sede de concertação social, sé “falta pôr a economia a crescer”, e o ministro acredita: “Nós vamos lá chegar”.

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