Comandante-geral da GNR avisa Governo que dignificação das carreiras "é muito importante"

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O comandante-geral da Guarda Nacional Republicana (GNR) manifestou esta sexta-feira a convicção de que o Governo vai encontrar "as respostas necessárias para a dignificação das carreiras", avisando que isso "é muito importante" para os seus profissionais.

Na cerimónia do 113.º aniversário da GNR, em Lisboa, um dia após a apresentação da proposta de subsídio remuneratório do Ministério da Administração Interna à plataforma de sindicatos e associações da PSP e da GNR e que foi recebida com críticas, Rui Ribeiro Veloso destacou o compromisso da força de segurança, apesar da "situação de instabilidade".

"Mesmo nos momentos mais sensíveis da vida institucional, incluindo a situação de alguma instabilidade surgida nos últimos meses, tem prevalecido o espírito de bem servir e o sentido de dever, subordinando sempre as expectativas e anseios pessoais aos imperativos da missão", afirmou o comandante-geral da GNR.

"Estou certo que, tal como é afirmado como propósito do governo de Portugal, oportunamente - a par do investimento em equipamentos, formação, especialização e instalações - serão encontradas as respostas necessárias para a dignificação das carreiras e de valorização profissional e remuneratória dos homens e mulheres que servem a Guarda. É muito importante que assim seja", acrescentou.

O Governo apresentou na quinta-feira às associações socioprofissionais da GNR um subsídio que tem como referência o vencimento base do comandante-geral da GNR.

Segundo a proposta inicial do Governo, a que Lusa teve acesso, os oficiais passariam a ter um subsídio de 12% da remuneração base do comandante-geral da GNR, que é de 5.216,23 euros, enquanto a percentagem para os sargentos é de 9% e para os guardas de 7%.

O suplemento de missão proposto aos elementos da PSP e da GNR oscila entre os 365,13 e os 625,94 euros, significando um aumento até 75 euros, segundo a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR).

No final da reunião com a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, o presidente da APG/GNR, César Nogueira, classificou esta primeira proposta do Governo como "muito má".

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