Combates no Iémen fazem 18 mortos entre hutis e forças governamentais

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A violência, que eclodiu na quarta-feira, foi desencadeada por um ataque huthi perto da linha da frente que separa a província de Lahj, controlada pelo Conselho de Transição do Sul (TCS), das áreas controladas pelos hutis na província de Taez, disse à Agência France Presse (AFP) o porta-voz do TCS, Mohammed al-Naqib.

As forças pró governamentais "repeliram com sucesso o ataque, mas cinco soldados foram martirizados e outros ficaram feridos", acrescentou.

Uma fonte militar do grupo rebelde apoiado pelo Irão disse à AFP que 13 combatentes, incluindo um comandante, tinham morrido nos combates.

Este ataque ocorre num momento de relativa calma no Iémen verificado desde o acordo de trégua negociado em abril de 2022 sob a égide das Nações Unidas.

No entanto, a situação continua a ser muito precária, pontuada por ações esporádicos de violência.

O governo reconhecido pela comunidade internacional condenou um "ataque pérfido", referindo-se aos últimos confrontos.

Numa declaração publicada nas redes sociais, o ministro da Informação, Moammar al-Eryani, relatou as "pesadas perdas infligidas" aos "milicianos" huthis durante um contra-ataque, sem indicar um número exato.

Em abril, um ataque surpresa dos hutis matou onze soldados pró governamentais.

Em 2014, os rebeldes tomaram o controlo de uma grande parte do norte do Iémen, incluindo a capital, Sana, desencadeando uma ofensiva total de uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita em apoio do governo.

Nove anos de guerra causaram dezenas de milhares de mortos e afetaram o país da Península Arábica numa grave crise humanitária.

Em dezembro do ano passado passado, o enviado da ONU, Hans Grundberg, anunciou progressos no sentido de um roteiro para uma paz duradoura, com os beligerantes a comprometerem-se a respeitar um novo cessar-fogo.

Mas os repetidos ataques dos hutis nos últimos meses a navios da Marinha Mercantes ao largo da costa do Iémen, em solidariedade com os palestinianos sujeitos aos bombardeamentos israelitas em Gaza contra o grupo islamita Hamas, comprometeram os esforços de paz.

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