A construção foi o único sector da economia da zona euro a registar uma deterioração da confiança (embora ainda lidere em termos absolutos), enquanto as expectativas de preço de venda subiram à boleia dos serviços.
A confiança económica na zona euro subiu em agosto, de acordo com o indicador compilado pela Comissão Europeia, beneficiando do impacto dos Jogos Olímpicos em França e da contínua vitalidade da economia espanhola.
O índice de confiança da Comissão subiu de 96,0 pontos em julho (uma revisão em alta) para 96,6, superando as expectativas do mercado que se cifravam em 95,8 pontos. O indicador mantém-se assim em terreno de contração da economia (abaixo de 100 pontos), mas, ao contrário da confiança dos consumidores, numa tendência crescente.
A melhoria da confiança dos empresários sentiu-se sobretudo no retalho, indústria e serviços, mais que compensando nova deterioração no segmento da construção – que continua, ainda assim, a ser o sector com empresas mais otimistas.
Decompondo por país, Espanha continua a liderar com 105,4 pontos, mantendo-se como o motor económico europeu nos últimos trimestres, enquanto a Alemanha verifica o cenário mais preocupante, com a indústria a continuar a deteriorar-se e a levar o índice de confiança a mínimos de cinco meses.
Olhando para as expectativas de preços de venda, um indicador que permite projetar as pressões inflacionistas nos próximos três meses, estas subiram à custa de uma aceleração nos serviços, um cenário consistente com o que se tem verificado na zona euro, onde o sector terciário tem registado a inflação mais persistente. Em sentido inverso, os restantes sectores reportam um alívio nos preços.
No que respeita ao emprego, as expectativas das empresas subiram pela primeira vez em largos meses, embora não o suficiente para deixar antever um crescimento do indicador nos próximos meses.
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