CRÓNICA | Muito mais do que uma fantasia!

9 meses atrás 88

Imaginação, criatividade, capricho e épico. As palavras que sintetizam o melhor jogo europeu do Benfica esta temporada. Se, antes da partida, a vitória por dois golos parecia uma fantasia, Di Magia e um toque de génio de Arthur Cabral trataram de dizer que não há impossíveis. 

Para além do argentino e do brasileiro, Rafa Silva e Sucic fizeram os restantes golos. Com este resultado, as águias terminam no terceiro posto e seguem para a Liga Europa.

Em relação ao jogo, que contou com o apoio - apesar da punição da UEFA - de cerca de uma centena de adeptos benfiquistas, Schmidt, privado de António Silva, optou por não retirar Morato da lateral esquerda - David Jurásek ficou no banco - e Tomás Araújo assumiu a responsabilidade no lado direito da defesa. 

Di Fantasia

Di María: o jogador do Benfica mais popular na Áustria e a principal razão do sucesso encarnado nos primeiros 45 minutos. Espontâneo, o internacional argentino abriu o marcador - com alguma sorte à mistura, diga-se - de forma absolutamente incrível e permitiu o Benfica sonhar.

Mas antes, Rafa Silva - que viria a redimir-se mais tarde -, falhou de forma inacreditável na cara de Alexander Schlager, enquanto Tengstedt, algo trapalhão dentro de área, perdeu uma oportunidade para inaugurar o marcador.

Sem a eficácia dos homens mais avançados, foi Di María a criar esperança nas águias: através de um pontapé de canto tenso, Schlager foi traído por Otamendi - guardião ficou na expectativa de um desvio do central - e não teve forma de salvar o remate/cruzamento do argentino.

Na resposta, o Salzburg até teve boas oportunidades para empatar -  Petar Ratkov permitiu uma excelente intervenção a Trubin -, mas foi Di María, novamente, a surgir como protagonista: com um passe a rasgar, o extremo isolou Rafa que, desta vez, não perdoou. 

Está desculpado?

Tudo a correr na perfeição... até que surge, mais uma vez, Rafa, mas pelos piores motivos. O internacional português voltou a ter uma ocasião flagrante - esta foi mesmo daquelas que não se perdoa - mas permitiu uma defesa no limite do guardião do RB Salzburg.

Pior que isso? Um golo do Salzburg cinco minutos depois. Sucic combinou com Gloukh e, à entrada da área, disparou forte e sem hipóteses para Trubin. Na resposta, apesar do Salzburg se ter galvanizado por breves momentos - Fernando permitiu uma excelente defesa a Trubin -, foi o Benfica quem voltou a estar mais perto do golo.

Até final, dois recitais (bem distintos) e um golpe de génio do patinho feio. Primeiro, Rafa continuou a falhar de forma clamorosa, enquanto Di María continuou a espalhar magia. Apesar disso, o marcador só voltou a sofrer mudanças bem perto do fim: Arthur Cabral entrou e, assistido por Aursnes, decidiu o jogo de calcanhar. É caso para perguntar: adeptos benfiquistas, Arthur Cabral está desculpado?

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