CRÓNICA | Porque alguém tinha de cair...

5 meses atrás 99

Se for como nas últimas duas edições da Liga dos Campeões, o Real Madrid pode celebrar a conquista do troféu de forma prematura, uma vez que eliminou o Manchester City, campeão em título e candidato ao troféu, numa eliminatória que mereceu o selo de «final antecipada».

Depois dos blockbusters dos últimos anos e da semana passada, havia muita expectativa em torno de mais uma sequela deste confronto de gigantes. No fim, poucos terão ficado desapontados com o enredo.

Alien versus Predador; Batman contra Super-Homem; Godzilla e King Kong... Escolha o seu veneno, caro leitor! Certo é que cityzens e merengues, cada vez mais rivais à escala continental, se voltaram a encontrar para mais um thriller futebolístico que, como sempre, teve muita ação e um pouco de drama na mistura. Justo? Só se ambos pudessem seguir em frente...

Enredo de realeza

Desde o arranque até ao fim da primeira parte, o fio condutor da história foi o mesmo. Bola cá e bola lá, sempre no controlo azul-celeste, enquanto o Real Madrid, num tom menos iluminado da mesma cor, assumiu as rédeas ao seu jeito: transições velozes, apoiadas em qualidade técnica e uma tremenda capacidade física dos elementos da frente.

Foi assim mesmo, passando por todos esses atacantes, que o golo merengue chegou aos 12 minutos. Bellingham recebeu uma bola longa e esta, já depois de uma passagem pelos pés de Valverde, foi lançada por Vini Jr na direção de Rodrygo. Ederson ainda deu uma nega ao compatriota num primeiro momento, mas nada pôde fazer em relação à recarga. 

Visitantes, que tanto queriam fazer esquecer o 4-0 de há um ano, em festa. Os da casa, como seria de esperar, ainda mais motivados. Havia jogo no Etihad e grande prova disso foi a chance que o Man City desperdiçou pouco depois, com Haaland a atirar ao ferro após defesa de Lunin e Bernardo Silva, num terceiro momento, a falhar uma baliza praticamente vazia.

Cidadãos à carga

Ciclo em repetição, este que tinha Manchester City como dono da bola e com um número de remates que foi quase sempre um múltiplo do total adversário, mas travado por Lunin, guarda-redes que foi tendo resposta para tudo, até para as geniais tentativas de golo olímpico de Kevin De Bruyne - um dos mais inconformados.

Para responder, o Real Madrid precisava de poucos toques e estava na sua praia. Ou pelo menos aparentava, já que o sobrolho de Ancelotti foi levantando na mesma medida que o domínio dos cityzens, que encostaram os espanhóis às cordas na segunda parte. 

Mesmo com oportunidades pouco flagrantes, o Manchester City agigantou-se e as bancadas acompanharam. O golo parecia uma questão de tempo e eis que aos 76 minutos, já depois de uma importante entrada de Doku (iniciou a jogada), Kevin De Bruyne conseguiu finalmente fazer o empate!

Transbordante felicidade nas bancadas e certamente também na cabeça do belga, que tanto tinha procurado levar a sua equipa ao golo. Continuou a fazê-lo, diga-se, tendo protagonizado algumas das maiores oportunidades até Daniele Orsato apitar para prolongamento.

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