CRÓNICA | Sorrisos? Só depois do apito final

2 meses atrás 76

Daqui a um, ou quatro, ou muitos mais anos, quando recordarmos o Campeonato da Europa de 2024, não falaremos do jogo entre Inglaterra e Eslovénia.

Zero golos e poucos mais momentos de realce nesta noite de terça-feira, que acabou com os eslovenos a celebrar a passagem à próxima fase como um dos melhores terceiros lugares. Foram os primeiros sorrisos da noite, mas só surgiram depois do apito final.

Para os ingleses, que se insistem favoritos nesta prova, os cinco pontos foram suficiente para garantir o primeiro lugar do grupo, mas essa é uma conquista que nenhum dos jogadores se atreverá a celebrar... 

Foden tentou ser a acendalha

Do lado esloveno havia preocupações em torno de Sesko, mas o ponta de lança do RB Leipzig conseguiu voltar a integrar um onze sem qualquer mudança. Do lado inglês questionava-se a capacidade do onze que bateu a Sérvia (1-0) e empatou com a Dinamarca (1-1), mas Southgate cingiu-se a apenas uma mudança: Conor Gallagher no lugar de Alexander-Arnold.

Com a bola a rolar, a grande novidade acabou por nem ser a entrada de um médio enérgico e combativo para o lugar de um perfil mais técnico e criativo. Nada disso... O foco foi Phil Foden, que se assumiu como uma das figuras mais envolvidas no relvado de Colónia, depois de dois jogos muito mais anónimos. 

O jovem do Man City, eleito jogador do ano da Premier League, brilhou a partir do corredor esquerdo. Criou oportunidades valiosas para vários colegas, incluindo a assistência para Saka num (belíssimo) golo que seria corretamente invalidado por fora de jogo, mas também armou todos os remates à baliza, esses facilmente travados por Oblak. Um verdadeiro maestro que, de resto, teve o apoio de uma filarmónica disfuncional.

Outra vez rice?

A Eslovénia nem precisava de tanto esforço na pressão, já que os three lions, desafinados, arranjaram sempre maneira de forçar os próprios erros. A bola foi um objeto de posse quase exclusivamente inglesa, mas durante largos minutos nem sequer pareceu redonda! Ao intervalo, continuava evidente o compromisso desta equipa com um futebol excessivamente aborrecido...

A segunda parte trouxe Mainoo para o lugar de Gallagher e, de resto, muito pouco. Enquanto os eslovenos se agarravam ao ponto que valeria uma histórica qualificação para os oitavos, os ingleses continuaram apáticos. Foden voltou a esconder-se, Bellingham mal apareceu, Kane tentou agarrar o jogo, mas só Rice fazia boa figura. Insuficiente.

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