Decisão do BCE “não foi nenhuma surpresa”

9 meses atrás 73

“O primeiro ponto é que o BCE não parece tão convencido quanto ao grau de progresso que o banco fez na normalização das pressões inflacionárias subjacentes como estão os investidores”, sublinha Felix Feather, economista da empresa abrdn.

A decisão do Banco Central Europeu (BCE) de continuar com uma pausa nas taxas de juro foi acolhida com naturalidade por parte da generalidade dos entendidos. Um deles, Felix Feather, economista da empresa seguradora abrdn, diz mesmo que  “não foi nenhuma surpresa”, acrescentando, porém, que “depois de uma forte recuperação das taxas ao longo das semanas, os investidores ficaram com muito em que pensar”.

“O primeiro ponto é que o BCE não parece tão convencido quanto ao grau de progresso que o banco fez na normalização das pressões inflacionárias subjacentes como estão os investidores. Lagarde citou o lento progresso na desinflação interna e o elevado crescimento dos salários como preocupações com as perspetivas de inflação em 2024”, salienta ainda Feather.

O economista avança que “os investidores podem ficar a perguntar-se se março parece demasiado cedo para um corte, no contexto da insistência de Lagarde em esperar por mais dados, especialmente no que diz respeito à onda de negociações salariais que ocorrerá no primeiro trimestre”.

Recorde-se que o BCE já realizou 10 aumentos consecutivos desde o início do ano, num total de 450 pontos base, sendo este o segundo travão seguido nos esforços que o banco tem feito para travar a inflação.

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