A plataforma chinesa de compras online Temu está a desrespeitar os direitos dos consumidores ao violar o Regulamento Serviços Digitais da União Europeia (EU), acusa a Deco, que, juntamente com outras 16 associações de consumidores que integram a BEUC – organização europeia de consumidores –, apresenta uma queixa contra o marketplace.
Em causa está o facto de a plataforma não proteger os consumidores e por utilizar práticas ilegais de manipulação, violando a recente legislação da UE. Em Portugal, o coordenador dos serviços digitais é a ANACOM, entidade a quem a Deco entregou a sua queixa.
De acordo com a Deco, a Temu “não fornece aos utilizadores a rastreabilidade suficiente dos comerciantes que vendem na sua plataforma” e “utiliza práticas de manipulação, como padrões obscuros, e não é transparente sobre como recomenda produtos aos utilizadores”.
A entidade acrescenta ainda que a plataforma tem mais de 75 milhões de utilizadores mensais na UE, mas não fornece, na maioria dos casos, informações cruciais aos consumidores sobre o vendedor dos produtos e, portanto, não consegue assegurar se o produto cumpre os requisitos de segurança dos produtos dentro da UE.
Além disso, também “fornece informações inadequadas sobre os seus sistemas de recomendação e como os diferentes critérios que utiliza levam à proposta de determinados produtos”.