Delegados sindicais da Global Media surpreendidos e indignados com data da assembleia-geral

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A assembleia-geral extraordinária de acionistas da Global Media está marcada para 19 de fevereiro, com cinco pontos, entre eles a destituição do atual Conselho de Administração e um aumento de capital de cinco milhões de euros

Os delegados sindicais da Global Media manifestaram hoje “surpresa e indignação” com a data da assembleia-geral, em 19 de fevereiro, e “exigem à administração que assuma uma atitude mais célere” na resolução dos problemas.

A assembleia-geral extraordinária de acionistas da Global Media está marcada para 19 de fevereiro, com cinco pontos, entre eles a destituição do atual Conselho de Administração e um aumento de capital de cinco milhões de euros.

Em carta dirigida aos acionistas, os delegados sindicais da Global Media (GMG) afirmam que “receberam com surpresa e indignação a notícia de que a assembleia-geral para destituição da atual Comissão Executiva do Global Media Group foi marcada apenas para o dia 19 de fevereiro”, referindo que “a vida e os postos de trabalho de todos os trabalhadores do grupo não se compadecem com mais atrasos”.

Perante isto, “os delegados sindicais questionam a administração se tenciona cumprir com as suas obrigações a breve prazo e até final deste mês: o pagamento do salário de dezembro e do subsídio de Natal, bem como o salário de janeiro, alguns subsídios de férias e as prestações aos colaboradores relativas ao trabalho efetuado em novembro”, lê-se no documento.

Lembram ainda que, “impossibilitados de fazer face às suas despesas pessoais, muitos trabalhadores do Global Media Group já pediram a suspensão do contrato de trabalho e outros vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 1 de fevereiro, atitudes limite a que foram obrigados perante as circunstâncias e sabendo que colocam em causa os próprios títulos onde trabalham”.

Os delegados sindicais “estranham que, depois de já terem sido enviadas dezenas de cartas com o pré-aviso de suspensão do contrato de trabalho, se atire para 19 de fevereiro esta assembleia-geral”.

Além de “adensar as preocupações dos trabalhadores, parece revelador de que não há uma preocupação extrema desta administração com o facto de os títulos deixarem de estar em banca e de os respetivos ‘sites’ entrarem em estado vegetativo, por única e exclusiva responsabilidade sua”, referem.

Face a isto, “os delegados sindicais exigem à administração que assuma uma atitude mais célere para resolver os problemas que desgastam há demasiados meses este grupo e todos os que se têm esforçado, agora em regime de voluntariado, para não deixá-lo morrer”, afirmam.

“Basta de silêncio cúmplice. Obrigar jornalistas a recorrer a um fundo solidário para comer é indigno”, rematam.

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