Dez escolas públicas premiadas pela Fundação Santander Portugal

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Iniciativa tem por finalidade chamar a atenção para práticas educacionais inovadoras e recebeu 425 candidaturas de todo o país.

Já são conhecidos os vencedores do ‘Prémio Quem Brinca É Quem É’, que distingue projetos focados no método de aprendizagem ‘Aprender Através do Brincar’ destinados a alunos do 1º e 2º ciclo. O prémio é promovido pela Fundação Santander Portugal em colaboração com a Direção-Geral da Educação e a Rede de Bibliotecas Escolares.

Em comunicado da entidade promotora, os vencedores incluem dez escolas públicas e um município, e serão anunciados esta quinta-feira, 27 de junho, num evento que terá lugar no Auditório Santander, em Lisboa. O evento contará com a presença e intervenções do secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa, Pedro Dantas da Cunha, da presidente da Fundação Santander, Inês Oom de Sousa, e do psicólogo Eduardo Sá.

A Fundação Santander Portugal instituiu este prémio “para promover boas práticas e metodologias inovadoras de ensino no âmbito do ‘Aprender Através do Brincar’ – um método pedagógico que incentiva de forma lúdica a aprendizagem de competências essenciais para a vida e para o trabalho no século XXI, como a criatividade, a comunicação e a capacidade de resolução de problemas”.

Os vencedores recebem por igual, um prémio no valor de cinco mil euros, uma viagem à LEGO House na Dinamarca, formação na metodologia promovida pela LEGO Foundation em Portugal e um kit LEGO ou uma mesa de reuniões LEGO.

Eis a lista dos vencedores

Movimento das Galochas – EB1/JI José Jorge Letria (Cascais): aborda o brincar de uma forma curricular, transversal e complementar, proporcionando liberdade aos alunos para descobrir, explorar, desafiar e explorar a natureza como intervenientes e não como espetadores. O projeto contou com o envolvimento da comunidade escolar na fase de diagnóstico e no acompanhamento inicial e prevê a abertura da Escola à Comunidade.

Projeto BEE – Bem-Estar na Escola – EB1+2 Dr. Anastácio Gonçalves (Alcanena): promove diversas oficinas criativas, em domínios como as Artes, a Escrita Criativa, a brincadeira livre com materiais diversos, educação física na natureza, atividades sensoriais e de relaxamento, atividades de ciências experimentais, visitas à comunidade. O projeto permite aos alunos experienciar uma grande variedade de experiências a brincar e envolve escola, família e comunidade.

Brincar e aprender, à chuva, vento e sol! – EB1/JI de Estrada – Ferreiros (Braga): criar e manter uma horta escolar e ainda construir uma cozinha de lama, promovendo uma aprendizagem ativa, em que a criança vai aprendendo por tentativas, ultrapassando as dificuldades de forma independente, incentivando-se a desenvolver as suas próprias ideias, desenvolvendo o pensamento criativo e crítico.

Escape Room Play & Learn – Centro Escolar de Alcobaça/Agrupamento de Escolas de Cister (Alcobaça): desenvolve uma ferramenta pedagógica em cenário de ‘Escape Room’ que desafia os alunos a trabalhar em equipa para desvendar enigmas, decifrar códigos e superar obstáculos.

Clube do Poupas – Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo (Figueira de Castelo Rodrigo): promove a educação financeira de forma lúdica através de atividades interativas como simulações financeiras da vida real e gestão de orçamentos, jogos educativos e campanhas de sensibilização. São envolvidas as famílias, e utilizados indicadores de participação, feedback dos alunos e observações diretas para avaliar o impacto das atividades, o desenvolvimento das competências financeiras e o fortalecimento das relações intergeracionais.

Executivo Júnior – EB1 Bairro Económico (Braga): consciencializar para a importância da democracia através da simulação durante 1 dia de uma assembleia composta por alunos, que simulam a atividade diária e tomadas de decisão da Junta de Freguesia local.

EmocionArte – Centro Escolar de Santiago (Aveiro): cria uma história em cadeia com os alunos do Pré-escolar e 1º ciclo ao longo de todo o ano letivo, culminando na apresentação de um teatro de marionetas no final do ano, protagonizado pelos alunos. Envolveu toda a comunidade, e surgiu em resposta a um desafio da Câmara Municipal de Aveiro, precisamente sobre métodos inovadores de aprendizagem.

Ciência Divertida: Saúl Dias Explora – Escola Básica Júlio-Saúl Dias (Vila do Conde): fomentar o gosto pela Ciência através do desenvolvimento de atividades de carácter prático, lúdico e experimental que ajudam as crianças/alunos a compreenderem e a aprenderem conceitos, nas áreas de Biologia, Geologia, Física e Química.

MyMachine – Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos (Óbidos): integra as crianças do pré-escolar e 1º ciclo com os alunos do ensino profissional e universidade, em que as crianças propõem e elegem uma ideia de uma máquina para resolver um problema, que depois é construída pela universidade, numa colaboração que combina diversos agentes da comunidade.

4’Plays – Agrupamento de Escolas António Sérgio – EB1 do Marco (Vila Nova de Gaia): cativa os alunos para a aprendizagem através da resposta aos problemas que eles próprios identificam, com o objetivo de melhorar os seus resultados. Estão em implementação as diferentes atividades, incluindo a melhoria dos espaços de recreio, a tarde semanal do brincar na sala de aula, o convite às famílias para a construção de brinquedos e a biblioteca enquanto local para colocar as ideias em prática.

Novo Modelo Local de AEC – Eira da Brincadeira (Pampilhosa da Serra): Implementa atividades do programa de enriquecimento curricular (AEC). Este modelo envolve os alunos numa assembleia semanal, onde democraticamente se elege um presidente, secretários e votam nas atividades. Conta com apoio de alguns órgãos. No entanto, dá à criança um papel central na sua educação, promove diferentes atividades, e leva as crianças a procurarem outros caminhos na sua aprendizagem.

Brincar na Rua – Academia de Música de Vilar do Paraíso (Vila Nova de Gaia): menção honrosa: ensinar educação rodoviária através de um jogo de tabuleiro, numa primeira fase. Numa segunda fase, interligar os conceitos com as outras disciplinas e diversas atividades na rua. Por fim, é suposto que estas crianças integrem uma equipa de voluntariado que vai disseminar os conceitos aprendidos na restante comunidade. Os objetivos estão bem definidos, o projeto bem estruturado e pretende envolver toda a comunidade, fazendo das crianças agentes de mudança.

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