A bolsa de Lisboa ainda começou a terça-feira na linha d’água com uma subida tímida, mas encerrou no encarnado. Em destaque na agenda do investidor de hoje, e que poderá influenciar os mercados do outro lado do Atlântico, estão as contas da tecnológica Micron.
A bolsa de Lisboa arrancou a sessão de terça-feira na linha d’água, com uma subida ligeira de 0,08%, mas ao final do dia de ontem registou perdas, tal como o resto da Europa. Por outro lado, a bolsa de Nova Iorque arrancou no ‘verde’ e despediu-se em terreno misto.
Ao início das negociações, destacavam-se no PSI as cotadas energéticas. A Galp acelerava 1,05% para 19,28 euros, enquanto a EDP somava 0,66% para 3,64 euros.
Horas mais tarde, a bolsa de Lisboa encerrava a sessão a perder 0,36% para 6.567,39 pontos, alinhada com os principais índices europeus. A liderar as perdas estava a Mota Engil que cedeu 2,50% para 3,582 euros, seguida dos CTT que recuam 1,63% para 4,23 euros e da Jeronimo Martins que perdeu 1,49 euros.
Segundo o analista de mercados do Millenium bcp Ramiro Loureiro, este foi um “dia negativo para os principais índices europeus, com o sector industrial a liderar as perdas, penalizado pela queda de quase 10% da Airbus, após a fabricante francesa ter cortado o seu outlook anual, devido a constrangimentos nas cadeias de fornecimento, que deverão impactar os planos de entregas da empresa”.
“Já a Eurofins avançou mais de 4%, recuperando depois do short report de ontem, ao declarar que irá comprovar que as alegações feitas não têm fundamento. À hora de fecho na Europa, os principais índices norte-americanos seguem entre as perdas do Dow Jones e os ganhos do Nasdaq 100”, acrescentou.
No que diz respeito a Wall Street, o S&P 500 abriu no ‘verde’ com uma subida de 0,19%, o Nasdaq subiu 0,51% e o Dow Jones desvalorizou 0,13%. As sucessivas perdas da Nvidia fizeram com que Nasdaq caísse mais de 1% no fecho da sessão de segunda-feira, um valor que representou a maior perda diária desde abril, sendo que o Nasdaq100 também sofreu o seu pior dia.
Em destaque na agenda do investidor de hoje, e que poderá influenciar os mercados, estão as contas da Micron. Importa ainda observar os indicadores mensais sobre títulos de dívida pública do BCE referentes a maio. Por cá, o INE revela o mais recente Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação e o Eurostat publica os Índices de preços agrícola e Censos população e habitação.
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