“A eficácia foi de 100%. Nenhum dos locais e visados foi alertado antecipadamente”, disse o diretor nacional da PJ que garantiu, também, que não houve fugas de informação.
O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, rejeitou que as operações de busca, que decorreram na passada quarta-feira no país, tenham, em algum momento, sido comprometidas.
“A eficácia foi de 100%. Nenhum dos locais e visados foi alertado antecipadamente”, disse Luís Neves, que acrescentou que a PJ viajou sozinha para a Madeira, sem o Ministério Público nem jornalistas. Luís Neves confirmou ainda que esta operação começou a ser montada em setembro de 2023.
Quanto ao transporte dos investigadores, foi preparado entre a PJ e o Estado Maior da Força Aérea no “mais completo sigilo e com total respeito pelo segredo de justiça”. Luís Neves afirmou que a comunicação social “não teve conhecimento antecipado” desta operação e não acompanhou as buscas desde manhã, sublinhando que a operação envolveu 140 inspetores e 10 especialistas da Polícia Científica. “Não houve fugas de informação”, completou Luís Neves.
O diretor nacional da PJ confirmou que só em material digital houve uma tonelada de material. Referiu ainda que as buscas foram feitas “quando tinham que ser feitas” e sublinhou que as investigações possuem uma “determinada dinâmica” que “não pode ser interrompida sob pena de gravíssimos prejuízos de recolha de prova”.
As buscas, realizadas na passada quarta-feira, levaram à detenção do presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, que oficializou a sua renúncia ao cargo esta segunda-feira, do chairman do Grupo AFA, Avelino Farinha, e do CEO da Socicorreia, Custódio Correia.