Elite da guarda prisional vigia presos há 10 dias em hospitais civis

1 semana atrás 41

Hospital-prisão de Caxias recusa-se a receber os dois doentes.

Miguel Curado 13:57

Elementos do Grupo de Intervenção dos Serviços Prisionais (GISP), unidade de elite dos Serviços Prisionais, estão há 10 dias a vigiar dois presos da cadeia de alta segurança de Monsanto, em Lisboa, em hospitais civis. O Sindicato Nacional da Guarda Prisional diz ao CM que o hospital-prisão de Caxias se recusa a receber os dois doentes, situação que a estrutura diz ser recorrente.

Os Serviços Prisionais não comentam, dizendo apenas que a admissão de doentes no hospital prisional se deve a critérios médicos.

O CM apurou que o primeiro doente foi internado há 10 dias. Apresentava necessidades de apoio psiquiátrico, e diz o Sindicato da Guarda Prisional, foi recusado no hospital prisão de Caxias.

"Teve de ir para o serviço de psiquiatria do Hospital Egas Moniz, onde estão em permanência dois guardas do GISP a vigiá-lo", disse ao CM Frederico Morais, dirigente do Sindicato da Guarda Prisional.

Nesta sexta-feira, outro preso de Monsanto engoliu pilhas. Voltou, segundo Frederico Morais, a ter o atendimento recusado no Hospital Prisão de Caxias. Acabou por ter de ser internado no Hospital de São Francisco Xavier, onde também estão em permanência dois elementos do GISP.

O Sindicato da Guarda Prisional diz ao CM que "é lamentável que mais uma vez nos estamos a deparar com a falta de soluções do hospital prisional, pois os senhores doutores deviam estar preocupados com os reclusos estarem a ocupar um espaço que devia ser para os cidadãos que não tem outra solução".

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