Elon Musk processou a OpenAI, fabricante do ChatGPT, e o CEO Sam Altman, justificando que abandonaram a missão original da startup de desenvolver inteligência artificial para o benefício da humanidade e não para o lucro.
O empresário multimilionário avançou com o processo na noite de quinta-feira em São Francisco e coloca-o num braço de ferro com a startup que cofundou e que agora é o rosto da IA generativa, em parte devido aos mil milhões de dólares em financiamento da Microsoft.
Musk alegou uma quebra de contrato, alegando que Altman e o cofundador Greg Brockman o abordaram originalmente para criar uma empresa de código aberto e sem fins lucrativos, mas que a startup criada em 2015 agora está focada em ganhar dinheiro.
Por isso Musk procura agora uma decisão judicial na qual pede à OpenAI para disponibilizar a pesquisa e tecnologia ao público e para impedir a startup de usar os seus ativos, incluindo o seu modelo de IA mais avançado GPT-4, para ganhos financeiros da Microsoft ou de qualquer indivíduo.
OpenAI, Microsoft e Musk não responderam aos pedidos de esclarecimentos da Reuters.
Musk, que chefia a Tesla e a fabricante de foguetões SpaceX e comprou o Twitter por mil milhões de euros em outubro de 2022, em diversas ocasiões pediu a regulamentação da IA.
O multimilionário, que chamou a IA de "faca de dois gumes", estava entre um grupo de especialistas em IA e executivos da indústria que no ano passado pediram uma pausa de seis meses no desenvolvimento de sistemas mais poderosos que o GPT-4 da OpenAI, tendo em conta os “grandes riscos para a humanidade e a sociedade”.
Desde a sua estreia, o ChatGPT tem sido adotado por empresas para uma ampla rede de tarefas, desde resumir documentos até escrever códigos de computador, desencadeando uma corrida entre grandes empresas de tecnologia para lançar as suas próprias ofertas baseadas em IA generativa.
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