Emotivo, vivo e em tons de crise azul

8 meses atrás 85

Emotivo, vivo, com q.b espetáculo e em claros tons de crise azul e branca. Assim se fez o dérbi da Invicta que resultou no empate entre Boavista e FC Porto (1-1) - o segundo empate esta época dos dragões para o campeonato - e que ficou sublinhado pela contestação dos adeptos portistas no final do jogo.

Com este resultado, os dragões deixam escapar a possibilidade de ultrapassar o Benfica e permanecem no terceiro posto, de forma provisória (35 pontos). Do lado da casa, o Boavista salta para o nono lugar (17 pontos).

Em relação ao jogo, fruto das várias ausências, Conceição e Ricardo Paiva - no momento do reencontro - apresentaram onzes distintos e com várias mudanças. Nota para os regresso de Pepe (não jogava desde a derrota diante do Sporting) e Sasso (não jogava desde outubro).

Vivo!

Lourenço marcou o golo do empate para o Boavista @Catarina Morais / Kapta +

Falou-se muito em «morte» nas conferências de imprensa, de ambos os lados. Sérgio Conceição negou acusações de «matar» jogadores (n.d.r: técnico referiu-se a jogadores como Navarro ou Carmo) e Vítor Murta rejeitou a ideia do Boavista «estar morto».

Quentinho, intenso e, pois claro, bem vivo: o dérbi da Invicta, sem grandes surpresas, apresentou uma bela casa e ainda melhor ambiente. Apesar disso, dentro de campo, nem sempre foi espetacular.

Toni abriu o marcador ao minuto 23 @Catarina Morais / Kapta +

Sem grandes oportunidades numa fase inicial, o jogo - apesar de bem disputado - apenas avivou com o golo de Toni Martínez. Num lance desenhado por Eustáquio - tremenda classe do internacional canadiano -, assistiu Pepê e o brasileiro, isolado perante João Gonçalves, assistiu Evanilson que, aos trambolhões e com alguma sorte à mistura, acabou por deixar a bola para Martínez: com a baliza escancarada o espanhol não facilitou.

A partir daqui, o FC Porto procurou congelar o jogo, mas a resposta dos axadrezados foi quase imediata. Ao minuto 28, a sequência de uma bola parada, Tiago Morais colocou a bola redondinha para Bruno Lourenço que, de cabeça, voltou a colocar tudo na estaca zero.

Com o golo, o Boavista cresceu no jogo e foi Róbert Bozeník - primeiro, de cabeça atirou ao lado, depois, com um remate forte de longe, esteve perto de surpreender Diogo Costa - quem esteve mais perto de voltar a marcar. Nota para a incapacidade portista em desmontar a defensiva azul e branca - Franco apresentou-se uma nulidade no momento de criação.

Muita emoção... pouco futebol

No segundo tempo, o FC Porto entrou mais forte - João Mário, num lance semelhante ao golo que fez na jornada transata, atirou ligeiramente por cima -, mas continuou com as mesmas dificuldades no último terço.

Posto isto, Sérgio Conceição mexeu - Francisco Conceição, Galeno e Nico entraram - e os dragões voltaram à carga (e ao desperdício). Nico, já dentro de área, tentou um golaço - remate forte e colocado -, mas saiu centímetros por cima.

Numa fase de maior desespero e urgência para chegar ao golo, Iván Jaime e Namaso procuraram desatar o nó, mas acabou por ser tarde demais. O jovem inglês - já em tempo de compensação - esteve perto do golo, mas o remate saiu ao lado. 

Antes disso, de sublinhar ainda o rebuliço entre Camará e Galeno que resultou na expulsão do médio axadrezado.

Ler artigo completo