A estabilidade é sempre desejável, sobretudo num momento tão incerto a nível global, mas as empresas pedem já medidas concretas para reduzir impostos e avançar com projetos cruciais para a economia.
15 Março 2024, 16h30
A atual instabilidade e incerteza política preocupa empresários e economistas, que pedem sobretudo medidas de alívio fiscal e acordos duradouros para investimento em infraestruturas de transporte apesar de reconhecerem a dificuldade de se encontrar uma solução governativa estável para os próximos quatro anos. A margem para acordos iniciais parece existir, mas dependerá da vontade política corresponder aos alertas dos empresários.
A solução de Governo que emergirá das eleições do passado domingo é ainda incerta, gerando alguma preocupação em vários sectores estratégicos da economia nacional. Com montantes sem igual a chegarem à economia nacional ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), uma situação energética ainda incerta e tensões geopolíticas em alta pelo mundo fora, a estabilidade interna torna-se ainda mais importante. Acresce a isto a necessidade invocada por inúmeros sectores e analistas de uma redução na carga fiscal, de forma a melhorar a competitividade das empresas e o poder de compra das famílias.
“Qualquer que seja o contexto, o país precisa de equilíbrio. Numa conjuntura tão delicada como a que enfrentamos essa necessidade é ainda maior. A instabilidade política afetará a economia em diversos aspetos, designadamente ao nível de uma menor celeridade na execução dos fundos europeus e de uma desconfiança dos investidores, condicionando a atratividade do nosso país na captação de investimento, nacional e estrangeiro”, começa por referir Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP).
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