A EDP Renováveis valorizou mais de 2% na sessão bolsista de quarta-feira e liderou os ganhos entre as cotadas do PSI. Lá fora, registaram-se quedas fortes nos sectores da banca e luxo, que colocaram os principais índices a negociar em terreno negativo.
A bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta quarta-feira com sentimento positivo, já que o índice PSI se adiantou 0,65%, a contraria a tendência que se registou entre as mais importantes congéneres europeias.
O principal índice da bolsa nacional beneficiou particularmente da valorização dos títulos da EDP Renováveis. A energética fez saber, após o encerramento dos mercados de terça-feira nos Estados Unidos, que assinou um contrato de armazenamento de energia nos EUA, que será válido por 24 anos.
Os investidores reagiram com otimismo, pelo que a cotação de mercado da EDP Renováveis subiu 2,53% nas negociações, até aos 14,21 euros. Seguiu-se a Sonae, ao avançar 1,40%, para 0,94 euros, ao passo que a EDP deu um salto de 1,36% e alcançou os 3,731 euros.
Por outro lado, a Greenvolt, que também opera com energias verdes, sobressaiu entre as perdas, ao escorregar 1,12%, até aos 8,405 euros por ação.
Lá fora, a tecnológica neerlandesa ASML destacou-se entre as quedas, ao cair quase 10%, depois de divulgar boas contas, mas margens que desiludiram fortemente os mercados. O sector do luxo também apresentou perdas, arrastado pela queda da dona da Louis Vuitton, cuja capitalização recuou mais de 4%. A empresa falhou as expetativas que existiam sobre o segundo trimestre, pelo que desiludiu os mercados.
Na banca, o alemão Deutsche Bank marcou o dia. O gigante da banca apresentou prejuízo no segundo trimestre, naquela que foi a primeira vez com resultado negativo em quatro anos. Neste contexto, tombou mais de 8% em bolsa.
Assim sendo o dia foi de perdas nas principais bolsas europeias. França caiu 1,12%, seguida pelo índice agregado Euro Stoxx 50, que derrapou 1,10%. A Alemanha perdeu 0,86%, ao passo que Itália recuou 0,47% e o Reino Unido escorregou 0,11%. Espanha registou a queda mais leve, na ordem de 0,01%.
Esta quarta-feira prossegue a época de resultados. Por cá, destaque para Altri, REN e Pharol, que vão apresentar contas. Lá fora, de salientar os casos da Nestlé (Suíça), Stellantis (Países Baixos), CBRE (EUA), Astrazeneca, Lloyds, Vodafone (Reino Unido), Renault, Sanofi e Air France-KLM (França).
Os mercados vão ainda reagir à queda de 29% nos lucros da Jerónimo Martins, para os 253 milhões de euros no primeiro semestre.
Em termos macro, destaque para as estatísticas referentes a empréstimos e depósitos bancários que vão ser divulgadas pelo Banco de Portugal (BdP).
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