Na noite desta terça-feira, Portugal recebeu, no Estádio José Alvalade, e venceu a seleção da Finlândia, num duelo de preparação para o EURO 2024. Bruno Fernandes e Francisco Conceição foram os grandes destaques da vitória (4-2).
E o outro diz esfola
Roubar a titularidade a Bernardo Silva é difícil - impossível, talvez - mas Francisco Conceição mostrou ser uma excelente opção. Demorou a engrenar, mas a meio da primeira parte entrou definitivamente do jogo e nunca mais desligou. Mostrou bons indícios, mas foi com Bruno Fernandes em campo que brilhou. Uma dupla tão boa que rendeu duas assistências ao extremo português.
Confia, toca e vai
Que lapa das boas, caro leitor! Desceu para a seleção construir sem bola e cumpriu essa função com tranquilidade. Depois, foi um autêntico tampão sem bola: cada vez que Portugal perdia a posse no meio-campo adversário, Palhinha aparecia sabe-se lá de onde e recuperava com engenho e classe. Por fim, ainda se aventurou, confiante, pelo ataque. No EURO, seja com o meio-campo a dois ou a três, Palhinha tem lugar.
Liberdade aos criativos
O destaque foi para João Neves, mas os elogios estendem-se a Vitinha, companheiro de criatividade no centro do terreno. Ambos mostraram-se soltos, sentiram-se livres e criaram condições para a bola não ter descanso do meio-campo para a frente. Por aquela zona, raramente foi mastigada: foi jogada a um dois toques, para regozijo dos homens da frente, que tiveram várias ocasiões para dilatar o marcador.
A consistência do patrão
Irrepreensível, até em momentos do jogo que não tem tanta responsabilidade. A defender não teve grande trabalho e tratou do pouco que teve com uma perna às costa. Além do mínimo pedido, também ajudou a construir - lance perto do intervalo, onde, pela esquerda, cruzou com conta, peso e medida. O golo foi apenas a cereja no topo de um sólido bolo.
Chocho
Sem mãos a medir para um flanco esquerdo endiabrado. Em ataque organizacional ou em ataque rápido - aí é que foi penar para Alho -, nunca conseguiu parar a dupla portuguesa. Nuno Mendes brincou e Rafael Leão fê-lo cair por um par de ocasiões. Sem pulmão e após 45 minutos de infelicidade, saiu ao intervalo.