Entendem-se às mil maravilhas

3 meses atrás 95

Na noite desta terça-feira, Portugal recebeu, no Estádio José Alvalade, e venceu a seleção da Finlândia, num duelo de preparação para o EURO 2024. Bruno Fernandes e Francisco Conceição foram os grandes destaques da vitória (4-2).

Médio

29 anos

Bruno Fernandes

Um diz mata

Entrou ao intervalo e foi suficiente para dar mais uma prova da sua inesgotável classe. Conhece todos os caminhos do campo. Criou sem desprezar o absurdo sentido de baliza e, por isso, fez parecer simples os dois golos que marcou - um deles, o primeiro, foi um autêntico golaço.

Avançado

21 anos

Francisco Conceição

E o outro diz esfola

Roubar a titularidade a Bernardo Silva é difícil - impossível, talvez - mas Francisco Conceição mostrou ser uma excelente opção. Demorou a engrenar, mas a meio da primeira parte entrou definitivamente do jogo e nunca mais desligou. Mostrou bons indícios, mas foi com Bruno Fernandes em campo que brilhou. Uma dupla tão boa que rendeu duas assistências ao extremo português.

Avançado

34 anos

Teemu Pukki

Saltou e assustou

Expôs as debilidades de uma defesa portuguesa que, até saltar do banco, ainda não havia sido testada. Aproveitou bem os espaços entre os centrais e, experiente, não facilitou na cara de José Sá. Avançado de qualidade que abandonou Alvalade com um bis.

Médio

28 anos

João Palhinha

Confia, toca e vai

Que lapa das boas, caro leitor! Desceu para a seleção construir sem bola e cumpriu essa função com tranquilidade. Depois, foi um autêntico tampão sem bola: cada vez que Portugal perdia a posse no meio-campo adversário, Palhinha aparecia sabe-se lá de onde e recuperava com engenho e classe. Por fim, ainda se aventurou, confiante, pelo ataque. No EURO, seja com o meio-campo a dois ou a três, Palhinha tem lugar.

Médio

19 anos

João Neves

Liberdade aos criativos

O destaque foi para João Neves, mas os elogios estendem-se a Vitinha, companheiro de criatividade no centro do terreno. Ambos mostraram-se soltos, sentiram-se livres e criaram condições para a bola não ter descanso do meio-campo para a frente. Por aquela zona, raramente foi mastigada: foi jogada a um dois toques, para regozijo dos homens da frente, que tiveram várias ocasiões para dilatar o marcador.

Defesa

27 anos

Rúben Dias

A consistência do patrão

Irrepreensível, até em momentos do jogo que não tem tanta responsabilidade. A defender não teve grande trabalho e tratou do pouco que teve com uma perna às costa. Além do mínimo pedido, também ajudou a construir - lance perto do intervalo, onde, pela esquerda, cruzou com conta, peso e medida. O golo foi apenas a cereja no topo de um sólido bolo.

Defesa

30 anos

João Cancelo

Ao dispor, onde e quando for preciso

Direita? Esquerda? Pelo centro? Para João Cancelo pouco importa. Mostrou-se incansável e deu profundidade aos dois corredores. Entrosou-se bem com Conceição e com Pedro Neto. Além disso, criou inúmeras oportunidades. Merecia, pelo menos, uma assistência.
 

Defesa

31 anos

Nikolai Alho

Chocho

Sem mãos a medir para um flanco esquerdo endiabrado. Em ataque organizacional ou em ataque rápido - aí é que foi penar para Alho -, nunca conseguiu parar a dupla portuguesa. Nuno Mendes brincou e Rafael Leão fê-lo cair por um par de ocasiões. Sem pulmão e após 45 minutos de infelicidade, saiu ao intervalo.

Defesa

22 anos

Gonçalo Inácio

Entrada tremida

Entrou ao intervalo e, apesar de não comprometer na construção, não se mostrou tão atrevido como costume. Além disso, ficou a sensação que podia ter feito mais no lance do primeiro golo. Fez falta um Seba Coates, um patrão defensivo assumido, ao lado de Inácio.

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