Entre a nostalgia e o futuro, a carne não entra na Tasca Zebras

9 meses atrás 88

Quem conheceu o Zebras do Combro reconhecerá o espaço e o esforço que Márcio Duarte, proprietário também do Machimbombo, praticamente ao lado, fez para que a alma da tasca não se perdesse.

Mantêm-se os azulejos em tons brancos e azuis, talvez o traço mais memorável dessa vida antiga. No entanto, o restaurante que decidiu comprar para que não desaparecesse está hoje mais luminoso: o espelho no teto muito ajuda para que assim seja, mas não só. É palpável a esperança de uma nova vida.

Aos comandos do Machimbombo, em plena Calçada do Combro, em Lisboa, Márcio acabou muitas vezes por comer neste Zebras do Combro, criando uma ligação com a família que geria o espaço. “O Henrique, o ex-proprietário, disse que via em mim a energia que tinha há muitos anos e começámos a dialogar. Ele estava aqui em apuros, já não conseguia fazer isto, estava tudo cheio de remendos, já não tinha energia para fazer nada e o negócio estava a morrer”, começa por contar. Márcio soube logo o que queria fazer.

À dificuldade cada vez maior de encontrar boas tascas, decidiu recriar uma. “Em Lisboa, o crescimento foi abrupto nos últimos anos. Lisboa deu um salto e de repente parece que só há fine cuisine. Nós queremos ser fun, queremos uma cozinha portuguesa, confecionada com amor. Queremos agarrar nos pratos portugueses e fazê-los bem feitos”, continua o responsável, que mudou o nome do restaurante para Tasca Zebras, mas fez questão de manter na cozinha a equipa que ali trabalhava. “A Anabela está cá desde 1983 e é ela quem faz tudo. Faz uns pastéis de bacalhau que são qualquer coisa”, revela.

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