Eólica offshore. Governo mantém meta de dois gigas até 2030

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Governo tinha anunciado no final de maio que o valor do leilão offshore deveria ficar abaixo de dois gigawatts, mas ministra reafirmou hoje a meta inicial no Parlamento.

O Governo anunciou hoje que vai manter a meta de dois gigawatts de energia eólica offshore até 2030.

A meta foi anunciada esta quarta-feira pela ministra do Ambiente e da Energia durante uma audição no Parlamento.

Desta forma, o Governo recua na sua intenção de lançar um leilão abaixo dos dois gigawatts, conforme tinha sinalizado a ministra a 27 de maio.

Na ocasião, afirmou: “Será em baixo [face aos dois gigas]. Estava inicialmente em 10 gigawatts, passou para dois gigawatts, estamos a tentar baixar para que o valor não tenha tanta repercussão nos custos junto dos consumidores, mas que consiga acompanhar a tecnologia e na construção de um cluster tecnológico no nosso país”, disse a ministra há um mês e meio, recuando agora nesta intenção.

A ministra do Ambiente e da Energia também anunciou hoje que Portugal vai ser mais ambicioso nas energias renováveis até 2030.

A meta do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) até ao final da década vai subir em quatro pontos: de 47% para 51%.

Maria da Graça Carvalho anunciou que o trabalho preparatório de revisão do PNEC está concluído e que o documento será entregue em breve no Parlamento para apreciação dos deputados antes de ser enviado para a Comissão Europeia.

A ministra pediu a “colaboração célere” dos deputados nesta avaliação para “submeter ” o documento a Bruxelas, com as metas de energias renováveis, de hidrogénio e da eólica offshore.

“É aqui resposta a elevada meta do peso das renováveis dos iniciais 47% para 51%. Este é o valor que a Comissão Europeia nos tinha pedido no conjunto das metas dos vários países para chegar à meta estabelecida. Vamos agora ver o parecer da Assembleia em relação a este assunto para que possa ir para a Comissão Europeia”, acrescentou a governante.

Sobre a Estrutura de Missão para o Licenciamento de Projetos de Energias Renováveis (EMER 2030), a ministra disse que os responsáveis “já estão a trabalhar no sentido desta unidade de missão. É importante a sua missão: de facilitar e simplificar licenciamentos para acelerar projetos de energia renovável”.

A ministra destacou que a EMER vai olhar para “todos os licenciamentos na área de energia”, de energias renováveis e de outras fontes, e “de ambiente para serem mais celéres”.

“Para que os promotores não necessitem de contactar com muitas instituições, falam com sete, com 14 instituições”, revelou.

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