Estoril Folk Fest está de volta e vai juntar em palco Teresa Salgueiro e Isabel Silvestre

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Está de regresso o Estoril Folk Fest, que há um ano se estreou no Casino Estoril e que agora leva aos mesmos palcos, na sua segunda edição, Teresa Salgueiro, Isabel Silvestre e as Vozes de Manhouce, a Real Companhia, os Castra Leuca e as Adufeiras de Idanha-a-Nova.

A primeira edição foi em Novembro de 2023, e contou com Daniel Pereira Cristo, Galandum Galundaina, Monda, Ana Laíns e Ricardo Dias, Pauliteiros de Miranda e Grupo de Cantares de Évora. E, embora lidando com as habituais estranhezas de uma estreia, o balanço dessa edição “foi positivo”, como diz ao PÚBLICO a cantora e fadista Ana Laíns, da Mátria Mundi, uma empresa que criou com o músico Paulo Loureiro (seu marido) e que organiza o Estoril Folk Fest em parceria com o Casino Estoril (Estoril Sol) e a Câmara Municipal de Cascais.

“Foi positivo e deu-nos força para continuar”, assegura Ana Laíns. Este ano, o festival decorre no dia 26, sábado, iniciando-se com um colóquio sobre o papel da cultura e das identidades regionais na descentralização e desenvolvimento do interior, às 18h, seguido, às 19h, de um concerto dos Castra Leuca, trio que tem trabalhado numa fusão entre a música erudita e o cancioneiro tradicional do distrito de Castelo Branco. Depois disso, já no Salão Preto e Prata, que abrirá as portas às 20h15, subirão ao palco as Adufeiras de Idanha-a-Nova para um miniconcerto, às 21h, participando depois no concerto seguinte, o dos Real Companhia. Às 22h30 actuam Isabel Silvestre e Vozes de Manhouce, seguidas de Teresa Salgueiro.

Os concertos de Teresa Salgueiro e de Isabel Silvestre serão separados, mas a determinado momento vão actuar em conjunto, por proposta da organização, que ambas aceitaram. “O facto de termos, na minha opinião, duas das maiores vozes da música portuguesa num mesmo festival, é uma coincidência, não foi pensado”, diz Ana Laíns. “Mas termos em palco, num mesmo dia, a Teresa Salgueiro, que é com certeza uma das mais bem-sucedidas cantoras de sempre da história da música portuguesa, através dos Madredeus, e a Isabel Silvestre, que para nós que gostamos de música tradicional é uma espécie de deusa, levou-nos a pensar que seria um momento icónico, e muito prestigiante para o festival, terá oportunidade de juntar estas duas mulheres na representação de um talento que é extraordinário.” E será com ambas em palco, mais as Vozes de Manhouce, que encerrará a edição de 2024 do festival.

No âmbito do Estoril Folk Fest, foi também criado um prémio com o nome do radialista Armando Carvalhêda [1950-2024], que será atribuído, por decisão da organização, a Isabel Silvestre, pelo papel que ela tem desempenhado na defesa do canto polifónico feminino. “Este prémio foi criado porque o Armando Carvalhêda foi e seria este ano novamente o cicerone do festival”, explica Ana Laíns. “Ficámos petrificados com o desaparecimento dele este ano e achámos que seria uma maneira bonita de preservar o seu nome ligado ao festival.”

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