EUA fecham 2023 com crescimento de 2,5% no ano e 3,3% no último trimestre

8 meses atrás 53

A maior economia do mundo evita assim a recessão que muitos viam como inevitável, ao passo que a Reserva Federal ganha bastante margem de manobra ao ver a inflação no último trimestre recuar para menos de 2%.

Os EUA fecharam o ano passado com um crescimento acima do esperado, registando um avanço anualizado de 2,5% em 2023 e fechando com 3,3% no último trimestre. O consumo foi o principal motor deste resultado, que contraia as projeções do mercado, tanto no início do ano passado, como para o último trimestre do ano.

A expectativa para a leitura referente aos últimos três meses do ano era de 2%, previsão essa que saiu acabou pulverizada pelos 3,3% registados. Este valor fica ainda acima de todas as previsões consideradas no levantamento da Bloomberg, o que espelha bem a surpresa que representou. No trimestre anterior, a maior economia do mundo havia crescido 4,9%.

O consumo foi novamente o principal suporte do crescimento norte-americano, com um avanço de 2,8% no trimestre, em linha com o que havia sido registado no período anterior. Também os gastos públicos deram um impulso, subindo 3,3%, enquanto o investimento avançou 1,9% na componente não-residencial e 1,1% na residencial, isto na leitura trimestral.

As exportações líquidas mostraram menor dinamismo, embora tenham fechado o último trimestre do ano com um contributo positivo para o PIB, acrescentando 0,43 pontos percentuais (p.p.).

Os EUA evitam assim uma recessão que parecia certa no início de 2023, dada a subida mais rápida dos juros em 40 anos. Isto significa uma margem de manobra acrescida para a Reserva Federal, que parece ter vencido a luta contra a inflação sem precipitar uma recessão, pelo menos por enquanto – os indicadores de mercado mais recentes sugerem que o primeiro trimestre deste ano pode trazer crescimento perto de zero.

Do lado dos preços, o índice de gastos pessoais de consumo (PCE), a medida de referência da Fed na avaliação da inflação, recuou para 1,7% no trimestre, enquanto a taxa subjacente ficou em 2%. Ambos os valores ficam em linha com os objetivos de médio prazo da autoridade monetária, apesar de os números do total do ano ainda causarem alguma apreensão: a inflação anual nos EUA foi de 2,7% em termos anualizados, com a core em 3,2%.

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