Os EUA reforçaram as defesas na base militar na Jordânia atacada por militantes apoiados pelo Irão e preparam uma ampla resposta militar ao ataque com ‘drone’ que matou três soldados norte-americanos, indicou esta sexta-feira um responsável oficial.
Num momento em que parece iminente uma retaliação militar dos EUA, diversos grupos da resistência iraquiana apelaram ao prosseguimento dos ataques contra as forças norte-americanas instaladas no Médio Oriente.
Em comunicado hoje divulgado, a Harakat al-Nujaba, uma das mais poderosas milícias iraquianas, anunciou planos para o prosseguimento das operações militares contra as tropas dos EUA, apesar de outras fações terem apelado ao fim das ações armadas na sequência do ataque com ‘drone’ no passado domingo na Jordânia.
Diversas milícias constituem uma ameaça para os EUA desde há vários anos, mas os grupos intensificaram os ataques na sequência da guerra de Israel com o Hamas após o ataque de 07 de outubro em território israelita.
Diversos grupos da resistência iraquiana justificam o alastramento das suas ações em solidariedade com os palestinianos, e têm visado interesses israelitas e norte-americanos, incluindo ameaças a navios comerciais e navios de guerra dos EUA com o lançamento de ‘drones’ ou mísseis, e que têm implicado trocas de disparos quase diárias.
Israel disse hoje que o seu sistema de defesa Arrow intercetou um míssil que se aproximava do país a partir do mar Vermelho, suscitando suspeitas de ter sido lançado pelos Huthis do Iémen.
Um segundo responsável oficial norte-americano, citado pela agência noticiosa Associated Press (AP), disse que os militares efetuaram “ataques de autodefesa” no Iémen, contra alvos militares dos Huthis devido a uma “ameaça iminente”.
O canal televisivo Al-Masirah, dirigido pelo movimento iemenita, disse que britânicos e norte-americanos efetuaram três ataques na província de Hajjah, norte do Iémen, um bastião Huthi.
Após o ataque à Torre 22, a base instalada pelos norte-americanos em solo jordano e perto da fronteira com a Síria, Washington considerou que foi ultrapassada uma “linha vermelha” e admite-se que a retaliação em preparação inclua ataques aos líderes das milícias.
As opções dos EUA que estão a ser consideradas poderão abranger alvos na Síria, Iémen e Iraque, de onde foi disparado o ‘drone’ de fabrico iraniano que em 28 de janeiro passado matou os três soldados norte-americanos, precisou o mesmo responsável.
Ainda hoje, o Tesouro norte-americano (ministério das Finanças) impôs novas sanções a um conjunto de empresas no Irão e em Hong Kong acusadas de ajudarem o Irão a garantir tecnologia para a produção de mísseis balísticos e ‘drones’.
Os EUA também aplicaram sanções a seis responsáveis oficiais iranianos por alegarem ter cometido diversos ciberataques contra infraestruturas críticas nos EUA e em outros países.