Europa pautada por baixas ligeiras antes de semana de decisões sobre os juros

8 meses atrás 85

As variações sentidas na última sessão da semana passada parecem denotar alguma insegurança dos investidores. Já esta semana, os holofotes viram-se para a reunião do BCE e no PIB dos Estados Unidos em dezembro.

A bolsa de Lisboa terminou a sessão desta sexta-feira com uma ligeira perda, em linha com o sentimento que se fez notar entre a generalidade das mais importantes praças europeias, que registaram perdas leves na sessão de sexta-feira, após serem conhecidas as contrações das economias do euro e da UE. O PSI recuou 0,10%, até aos 6.316,22 pontos, com as energéticas a serem as grandes protagonistas, tanto nos ganhos como nas perdas.

Entre as subidas mais acentuadas, sobressaiu a EDP, que ganhou 2,19% e alcançou os 4,29 euros por título, ao passo que a EDP Renováveis deu um salto de 1,54%, até aos 15,82 euros. Seguiram-se as ações da NOS, que valorizaram 1,36% e terminaram as negociações em 3,29 euros.

A descida mais acentuada foi protagonizada pela petrolífera Galp, que contraiu 2,20%, para 13,98 euros por ação, ao passo que o banco BCP derrapou 1,52%, até aos 0,2856 euros.

As economias da zona euro e da UE contraíram 0,1% no terceiro trimestre do ano passado (dados Eurostat), dando força aos receios ligados a uma eventual entrada em recessão. Um clima que pode ter contribuído para o sentimento de desconfiança que se fez notar nas variações dos principais índices europeus de ações.

Entre as praças europeias, a queda mais forte foi do principal índice francês, em 0,40%. Seguiram-se Espanha, a perder 0,20%, e Itália, a perder 0,16%, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 resvalou 0,12%. O decréscimo mais ligeiro foi o do índice alemão, na ordem de 0,07%. O Reino Unido progrediu de forma ténue, em 0,02%.

Em termos macro, a semana não deverá ficar marcada por dados nacionais, mas o mesmo não é válido no que diz respeito ao panorama internacionais. Desde logo, a reunião do BCE agendada para quinta-feira, onde será tomada uma decisão sobre os juros diretores para fevereiro, tem um grande peso nas perspetivas dos analistas. De todo o modo, não são esperadas alterações à taxa de juro, fixada desde meados de setembro em 4,50%.

Na quinta-feira, tempo para ser conhecido o comportamento da economia norte-americana no quarto trimestre, com a revelação dos dados do PIB.

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