Em comunicado, a Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal refere que os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) – segundo os quais Espanha, França, Países Baixos, Alemanha e Reino Unido continuam a ser os principais mercados do setor, absorvendo a União Europeia 80% do valor exportado – “estão em linha com o esperado pelo setor que, na última década, tem crescido consecutivamente nas exportações”.
As exportações portuguesas de frutas, legumes, flores e plantas ornamentais atingiram em 2023 um novo recorde de 2.300 milhões de euros, um aumento de 11,4% face a 2022, anunciou hoje a associação Portugal Fresh.
Em comunicado, a Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal refere que os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) – segundo os quais Espanha, França, Países Baixos, Alemanha e Reino Unido continuam a ser os principais mercados do setor, absorvendo a União Europeia 80% do valor exportado – “estão em linha com o esperado pelo setor que, na última década, tem crescido consecutivamente nas exportações”.
Apesar da valorização nos mercados internacionais, a Portugal Fresh afirma que o ano de 2023 “foi exigente para a produção nacional e os dados do comércio internacional refletem este contexto”: Em volume, as exportações setoriais diminuíram 4,9%, “fruto da quebra de produção em algumas culturas chave, provocada pela seca”, nota.
Citado no comunicado, o presidente da associação considera que estes números “refletem o dinamismo das empresas portuguesas e a crescente preferência dos consumidores estrangeiros pela qualidade e sabor dos produtos” portugueses.
“Portugal tem uma localização privilegiada, com um clima que nos permite produzir cada vez mais ao longo de todo o ano. É pela qualidade, sabor e frescura que queremos competir”, diz Gonçalo Santos Andrade.
O dirigente associativo alerta, contudo, que as alterações climáticas levaram a diminuições no volume de produção, “tornando urgente uma rede nacional de água” que permita ao setor aproveitar a procura crescente pelos seus produtos.
“Ao mesmo tempo, a estratégia ‘Farm to Fork’, que está no centro do European Green Deal da União Europeia, torna impossível assegurar a produção de alimentos na escala necessária para alimentar a UE [União Europeia], aumentando as importações de países terceiros e diminuindo a segurança alimentar. Para assegurarmos produtos seguros, de qualidade e a preços justos para os consumidores, temos de garantir que os agricultores conseguem aumentar a produção e assegurar rentabilidade”, acrescenta.
Até 2025, a Portugal Fresh tem em curso um Projeto Conjunto de Internacionalização que prevê a realização de missões empresariais e ações de prospeção em quatro novos mercados, a participação em seis feiras internacionais e iniciativas de promoção para acelerar a presença internacional do setor.
Apoiado pelo Portugal 2030 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, o projeto prevê um investimento global de 1.561.663,52 euros, financiado em 48,8% pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
O objetivo da Portugal Fresh é reforçar a competitividade das empresas nos mercados internacionais e atingir os 2.500 milhões de euros de exportações de frutas, legumes e flores em 2030.
Criada em dezembro de 2010 para “valorizar a origem ‘Portugal’ e as características dos produtos nacionais, para além de promover as frutas, legumes e flores nos mercados interno e externo”, a Portugal Fresh tem 112 associados que representam cerca de 5.000 agricultores.