Família de sueco preso no Irão receia condenação à pena de morte

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Ingrid Floredus, irmã, não compreende a situação em que o irmão se encontra há dois anos. O diplomata sueco ligado à União Europeia foi preso em 2022 após visitar um colega na embaixada de Teerão, mesmo depois de já ter visitado o Irão várias vezes, especialmente em trabalho para apoiar crianças afegãs fugidas aos taliban.

“Temos sido claros desde o início: o senhor Floredus é inocente. Não existe qualquer prova para manter Johan Floredus detido. A União Europeia continua a pedir que Floredus seja libertado imediatamente”. Foi assim que Josep Borrell, através do seu porta-voz, reagiu à prisão do sueco.

A irmã tem feito campanha em Bruxelas para a libertação de Johan Floredus e pediu ação imediata por parte do governo da Suécia.

Johan Floredus foi preso e acusado de “espionagem em cooperação com o regime Sionista (Israel)”. Em janeiro, a família ficou a saber que os procuradores pedem pena de morte ou prisão perpétua para o diplomata sueco, que já entrou em greve de fome sete vezes.

“Sabemos que o Johan está inocente e a ser usado como um peão num qualquer jogo político. Ainda não temos o veredicto mas querem a pena de morte. Não ficarei surpresa se o veredicto disser pena de morte ou, pelo menos, prisão perpétua. Obviamente, tenho esperança de que seja diferente e que digam: 'Prendemos a pessoa errada, desculpe, vamos libertá-lo'. No entanto, não vejo isso a acontecer”, declarou Ingrid.

Por isso, a família do diplomata pede ação do governo da Suécia, tendo pedido a mudança do irmão de prisão para conseguir sair e fazer algum exercício. Também está a ser pedido que um médico avalie a saúde de Johan.

A irmã mostra ainda preocupação face à crescente tensão diplomática entre iranianos e americanos e acredita que a mesma vai prejudicar as hipóteses do irmão. “É assustador, a situação não parece nada estável”.

“Queremos que o ministro dos Negócios Estrangeiros faça o que for preciso e que use todas as ferramentas de que dispõe”, acrescentou.

Em resposta, um porta-voz do ministro disse que o governo está a trabalhar de forma “intensa” para conseguir a libertação de Floredus, afirmando que o Irão não tem qualquer prova para deter o diplomata, muito menos levá-lo a julgamento.

“Não vamos desistir até Johan Floredus ter sido libertado e regressado a casa”, declarou o porta-voz de Tobias Billstrom.

O porta-voz de Josep Borrell acrescentou que “o mais alto representante tem relembrado o caso em contacto com as autoridades iranianas, desde a detenção, pedindo a sua libertação. O apoio consular é dado pelas autoridades suecas, com quem nos temos coordenado”.

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