Israel diz estar a investigar. Vídeos circulam com soldados israelitas a atirar cadáver de um telhado

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Os vídeos começaram a circular na última quinta-feira através das redes sociais. Nelas podem ver-se três soldados das forças israelitas num telhado de uma casa, na cidade de Qabatiya, a arrastar e a atirar o que parece ser um cadáver.

A Reuters relata que o tio de um dos homens mortos num ataque israelita viu a situação a decorrer, depois de um ataque em que sete palestinianos foram mortos.

“Tentaram esconder os corpos com um bulldozer mas não resultou e então atiraram-nos do segundo andar para o chão. Estava em dor, triste e zangado e não tinha a capacidade de fazer o que quer que seja”, declarou o homem.

A Reuters conseguiu pouco depois confirmar o local de surgiram as imagens (Qabatiya) e confirmou também o relato de várias testemunhas.

De acordo com o Guardian, a Associated Press também tinha um jornalista no local que presenciou a cena. Um correspondente da Al-Arabi também relatou à CNN ter visto a situação: “Um bulldozer tentou demolir a casa para esconder os corpos. Não resultou. Os soldados subiram, pontapearam e atiraram os corpos a partir do telhado”.

As forças israelitas anunciaram a morte de sete militantes do Hamas na última quinta-feira, quatro numa troca de tiros e três após um ataque aéreo. Depois de as imagens terem sido reproduzidas em meios de comunicação, o exército israelita emitiu um comunicado em que explicou que o teor das imagens não se coaduna com os valores do exército.

Uma investigação também foi anunciada.

Para além da guerra contínua entre Israel e Hamas em território da Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023, também a Cisjordânia tem sofrido ataques de Israel e de colonos israelitasCasa Branca “profundamente preocupada”

Os Estados Unidos já reagiram às imagens. John Kirby, porta-voz da Casa Branca mostrou-se “profundamente preocupado” com o teor das imagens, considerando que se as mesmas forem confirmadas o comportamento dos soldados é “abominável”.

“Se as imagens forem autenticadas, seria claramente um comportamento abominável e uma violação flagrante por parte de militares profissionais”, declarou Kirby.

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